Revista Exame

MELHORES E MAIORES 50 anos: Klabin cresce de olho nos próximos 60 anos

A empresa é a recordista de seu setor em premiações anuais e, por isso, é a campeã histórica entre as empresas de papel e celulose nos 50 anos de MELHORES E MAIORES

Operação da Klabin: primeira do setor a certificar o manejo florestal (Germano Lüders/Exame)

Operação da Klabin: primeira do setor a certificar o manejo florestal (Germano Lüders/Exame)

Marina Filippe
Marina Filippe

Repórter de ESG

Publicado em 14 de setembro de 2023 às 06h00.

Última atualização em 14 de setembro de 2023 às 06h31.

Enquanto os consumidores brasileiros passavam por uma drástica escassez de papel, em 1973, a Klabin registrava a rentabilidade de 19%, cerca de duas vezes os 8,9% registrados no ano anterior. Assim, pela primeira vez, a Klabin aparecia na MELHORES E MAIORES, da EXAME, em 1974.

Ainda na década de 1970, a companhia ficou em primeiro lugar do setor outras duas vezes: 1975 e 1977, períodos após o chamado “milagre econômico”, quando, entre 1968 e 1973, o produto interno bruto (PIB) havia crescido a uma taxa de 11,1%. A Klabin voltou ao topo do ranking outras sete vezes a partir de 2010 (as aparições totais, da mais recente para a mais antiga, foram em 2020, 2018, 2017, 2015, 2013, 2012, 2010, 1977, 1975, 1974). A empresa é a recordista de seu setor em premiações anuais e, por isso, é a campeã histórica entre as empresas de papel e celulose nos 50 anos de MELHORES E MAIORES.

Atualmente, a Klabin possui 22 fábricas no Brasil e uma na Argentina. A companhia produz 3,1 milhões de toneladas de papéis e 1,6 milhão de tonelada de três tipos de celulose, além de fazer a gestão e o manejo florestal de 719.000 hectares, sendo 42% áreas de conservação. “Temos mais de 25.000 colaboradores, entre diretos e indiretos, então reconhecemos o enorme impacto da operação nas pessoas, nas comunidades e nas florestas onde atuamos”, diz Cristiano Teixeira, CEO da Klabin.

Para ele, os principais motivos para a consistência da empresa de 124 anos são a atenção às oportunidades e a constante inovação. Em 1979, a abertura de capital foi importante para a transparência e o crescimento. Já em 1998, a Klabin foi a primeira empresa brasileira do setor de papel e celulose no Hemisfério Sul a certificar o manejo florestal.

“Sempre acompanhamos as tendências e estivemos atentos aos critérios para garantir aos stakeholders que estamos no melhor caminho”, diz Teixeira. Em relação aos produtos, o diferencial foi saber acompanhar as necessidades do mercado. “Com a digitalização, soubemos migrar para a produção de embalagens para e-commerce, por exemplo. Ao longo da história, temos sido uma empresa dinâmica e atenta”, afirma Teixeira.

Para os próximos passos, a Klabin foca a produtividade alinhada à sustentabilidade. “Estamos fazendo investimentos e escolhendo equipamentos que vão durar de 40 a 60 anos. Hoje temos as máquinas mais modernas do mundo e que podem ser atualizadas para a inovação constante”, diz Teixeira.

Acompanhe tudo sobre:MM2023Klabin

Mais de Revista Exame

O plano da nova Sabesp: empresa corre para investir R$ 68 bilhões até 2029

Com três filhos, nove netos e três bisnetos, esta amapaense de 76 anos abriu sua primeira startup

De volta ao conselho de administração do Grupo RBS, Nelson Sirotsky fala sobre o futuro da mídia

Novos conceitos: como este engenheiro carioca entendeu que nunca é tarde para começar um negócio

Mais na Exame