Faltam especialistas na ANTT para regular esses contratos (./Divulgação)
Leo Branco
Publicado em 25 de agosto de 2017 às 13h31.
Última atualização em 25 de agosto de 2017 às 13h58.
São Paulo – As agências reguladoras do governo federal arrecadaram 33 bilhões de reais em taxas cobradas de empresas e de pessoas físicas no ano passado. Em tese, essa dinheirama deveria servir para financiar as atividades desses órgãos. Mas, na prática, a maior parte do dinheiro acaba tapando buracos no orçamento da União — em 2016, 84% dos recursos tiveram essa finalidade, segundo levantamento feito pela Unareg, associação dos funcionários das agências, a pedido de EXAME.
A consequência é o sucateamento dos órgãos, que há anos sofrem com o atraso em concursos para repor a mão de obra. O problema é mais grave na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável pela fiscalização das condições de tráfego nas rodovias federais concedidas. Dos 1 705 postos de trabalho previstos na criação do órgão, em 2001, 42% aguardam concurso para ser preenchidos. A maior carência é de especialistas em regulação de concessões: 54% dos 590 lugares estão vagos. Em tempos de rombo fiscal no governo federal, esse é um problema sem data para acabar.