Manifestantes durante o encontro do G20 em Hamburgo: os atuais líderes mundiais enfrentam desafios econômicos que vão moldar as próximas décadas (Fabrizio Bensch/Reuters)
Filipe Serrano
Publicado em 27 de julho de 2017 às 06h00.
Última atualização em 30 de agosto de 2017 às 18h49.
São Paulo – Existem acontecimentos que alteram o curso da história mundial. A queda do Muro de Berlim. Os ataques de 11 de setembro. A crise de 2008. Outras mudanças históricas, no entanto, não são tão perceptíveis, mas podem ter um impacto tão substancial quanto o desses eventos na forma como a economia, a sociedade e a política estão organizadas.
Vivemos em 2017 um desses momentos excepcionais de ruptura histórica. É um tempo em que as maiores economias já não crescem como nas décadas passadas. O avanço da tecnologia dificulta a geração de empregos. Como consequência, há um aumento da desigualdade social, o que leva à ascensão de políticos populistas. Num cenário de insatisfação e incerteza, ideias ultrapassadas, como o protecionismo, ganham adeptos.
Durante quatro meses, a reportagem de EXAME visitou quatro dos países que mais representam essas mudanças — Estados Unidos, China, Japão e México — e entrevistou dezenas de economistas, cientistas políticos, empresários e outros especialistas para entender aonde esses embates nos levarão. O resultado é um conjunto de reportagens especiais sobre sete tendências globais que estão mudando o mundo.
É um esforço editorial de peso para marcar uma data para lá de importante: esta é a primeira de uma série de cinco edições comemorativas dos 50 anos de EXAME. O resultado da apuração, felizmente, sugere um cenário menos conturbado do que o vislumbrado atualmente — se não cairmos na tentação de abraçar ideias que já se provaram perdedoras. Ainda não está claro que tipo de sociedade teremos daqui para a frente. Mas é preciso cuidar para que falsas promessas não nos conduzam a um retrocesso.
Veja o resultado desse esforço nas matérias abaixo: