(Violeta Stoimenova/Getty Images)
Leo Branco
Publicado em 18 de novembro de 2021 às 05h09.
Última atualização em 23 de novembro de 2021 às 13h22.
Muitos empreendedores já sabem: a última sexta-feira de novembro é o momento de colocar descontos agressivos para fazer bonito na Black Friday. Um termômetro do apelo crescente da data entre pequenos varejistas é a evolução do faturamento das PMEs que apostaram em ofertas nesta época do ano. Em 2021, os pedidos online de bens e serviços devem crescer 20% em relação ao ano passado e chegar a 10,3 milhões na Black Friday, de acordo com estimativa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, a Abcomm, entidade com grande parte dos associados formada por empreendedores. Confirmadas as expectativas, o setor vai faturar 6,3 bilhões de reais, 25% acima do registrado no ano passado.
“Em boa medida as expectativas são positivas porque mais PMEs estão dispostas a participar da temporada de descontos”, diz Luiz Natal, gerente de produtos da Nuvemshop, unicórnio argentino com ferramentas para gestão de pequenos lojistas. Na América Latina a Nuvemshop tem uma base com mais de 90.000 empreendedores. Facilidades como a adoção crescente das PMEs ao Pix para pagamentos e o investimento dos marketplaces em ferramentas para fazer a logística dos pequenos varejistas estão dando competitividade ao setor. “Pequenos lojistas enfrentam concorrência acirrada em preço e frete nesta época do ano”, diz Natal.
Em meio ao oba-oba das PMEs com a data, um sinal de alerta: nas contas da Abcomm, o tíquete médio das compras da Black Friday em 2021 deve ficar em 620 reais, 5% menos do que o registrado no ano passado. Por trás da cautela com os números estão pressões macroeconômicas como a escalada da inflação e as incertezas no mercado de trabalho. Nesse cenário, operações azeitadas saem na frente. “O investimento em tecnologia para logística, atendimento e publicidade determinam o sucesso de um pequeno lojista nesta época”, diz Natal.