Sua estratégia em mídias sociais está mesmo dando certo?
Respondido por Eric Santos , especialista em marketing digital
A descoberta do uso das mídias sociais como canais de contato com o público, relacionamento e geração de vendas fez muitas empresas inseri-las em suas ações de marketing digital. Até aí tudo certo, já que essas redes têm potencial muito grande para trazer bons resultados para o seu negócio. Mas o que de fato são esses bons resultados? Você sabe o que medir para saber se sua estratégia em mídias sociais está dando certo?
O primeiro passo é traçar qual é o objetivo de estar presente no Facebook , Twitter, Linkedin e outras redes. Parece óbvio, mas o fato é que a maioria das empresas usa as redes sociais simplesmente para branding e, no melhor caso, atendimento a cliente. Assim, as métricas de sucesso usadas costumam ser a quantidade de visualizações (pessoas impactadas nesses canais), curtidas, comentários e outras formas de engajamento do público. Porém, como é fácil deduzir, essas métricas não refletem diretamente um resultado concreto para a empresa.
Outra forma de pensar os objetivos das redes sociais é amarrá-las aos diferentes estágios do seu funil de vendas: como as empresas podem usar as redes para atrair potenciais clientes, nutrir os leads e estabelecer confiança para gerar vendas, e continuar ajudando com educação e suporte para aumentar a retenção, recompra e indicação.
Para o primeiro objetivo, as mídias sociais são muito eficientes em despertar demanda em quem ainda não está efetivamente procurando por um produto ou serviço. Isso pode ser alcançado de uma forma orgânica e viral através de ótimo conteúdo, ou então de forma paga via campanhas de mídia segmentadas em cada rede.
Neste caso, métricas que costumam indicar se o objetivo está sendo atingido são números de novos leads gerados pelas redes.
Já para o objetivo de nutrir e gerar vendas, uma forma de acompanhar a efetividade dos canais neste processo é medir a quantidade de tráfego de visitantes que retornam (recorrentes), conversão final de compra (no caso e-commerce, por exemplo) e influência das interações sociais em vendas fechadas (caso de B2B, por exemplo).
Por fim, para indicar um bom trabalho de pós-venda, é importante medir quantos clientes interagem com suas empresas nas redes sociais e a correlação entre essas interações com a retenção e ticket médio.
Para quase todos os casos acima é possível extrair as informações - com algum trabalho - através de sistemas de análise convencionais como o famoso Google Analytics. Já para fazer alguns dos cruzamentos referidos ou mesmo ter uma visão mais completa do processo de conversão dos clientes, tenha ferramentas mais especializadas ou integradas.
Independentemente da técnica, a mensagem principal é que medir o sucesso do uso de uma rede social pelas métricas que eles nos oferecem (Curtirs, Seguidores, etc.) é uma forma bastante limitada de checar se essas redes estão contribuindo para o sucesso da empresa, especialmente as PMEs, que têm orçamento mais limitado e precisam de retorno garantido para justificar todos seus investimentos.
Eric Santos é especialista em marketing digital e CEO da Resultados Digitais.
São Paulo – Um mercado virtual de centenas de bilhões de dólares com alto potencial de mudar a vida das pessoas. Os aplicativos já são parada obrigatória da maioria das empresas. Segundo a consultoria Morgan Stanley, o Brasil já tem mais de 70 milhões de smartphones, sendo o quarto maior do mundo em uso dos aparelhos. Outro estudo, desta vez feito pela Appnation, diz que os apps devem movimentar 151 bilhões de dólares em 2017, mais do que o dobro do valor atual. Além disso, seu uso vai além das telinhas de celulares e tablets. Carros inteligentes e televisores vão ajudar a impulsionar o mercado. As oportunidades de negócios surgem a cada dia. “O Whatsapp nasceu para o smartphone e já foi comprado, e a tendência de que o fenômeno se repita é alta. As próximas compras de alto valor no setor de tecnologia devem envolver algum produto mobile também. O mercado mostra que o investidor está pagando alto para quem faz mobile do jeito certo”, explica Victor Lima, gerente de mobile aqui da Concrete Solutions. Com a ajuda de Lima e dos investidores Camila Farani e Cassio Spina, EXAME.com selecionou alguns exemplos bem sucedidos no mercado de apps.
2. Easy Taxi 2 /10(Divulgação)
Com investimentos que passam os 30 milhões de reais, o Easy Taxi é um dos exemplos brasileiros de empreendedor no mercado de app. “O aplicativo, líder de chamadas de táxi, fundado por Tallis Gomes, está hoje presente em vários países e pode ser considerado um dos principais no mundo”, diz Camila. Aplicando um modelo internacional no Brasil, estima-se que o app fature alguns milhões de reais ao ano. “O segredo deste tipo de aplicativo é resolver bem um problema que é muito comum”, diz Lima.
3. Northcube AB 3 /10(Montagem/Place.it/EXAME.com)
A desenvolvedora de apps sueca é a responsável por um dos aplicativos mais bem sucedidos nas lojas de apps, o Sleep Cycle Alarm Clock, que, através do sensor do celular, documenta os movimentos e faz relatórios sobre a qualidade do sono. O app é o mais baixado, entre as opções pagas, em ao menos seis países, como Estados Unidos, Japão e França.
4. GrubHub 4 /10(Divulgação/GrubHub)
O GrubHub é um dos maiores apps de delivery online do mundo. “Recentemente, a empresa foi a público, captando 100 milhões de dólares no seu IPO”, diz Camila. Inspiração para vários casos brasileiros, o app processa mais de 150 mil pedidos por dia e fica com até 17% de cada um. No ano passado, teve vendas de 130 milhões de dólares.
5. Movile 5 /10(Luísa Melo/Exame.com)
Com dois escritórios em São Paulo, a Movile também é um case nacional. Especializada em apps e games, a empresa cresce 40% ao ano e tem investido forte no mercado. No ano passado, por exemplo, fez um aporte de 5,5 milhões de reais no app de delivery iFood. “A empresa brasileira conseguiu chegar ao primeiro lugar entre os que mais faturam da Apple Store americana, na categoria kids, com o app PlayKids”, diz Lima. A empresa tem mais de 300 colaboradores e serviços em cinco países além do Brasil, totalizando 15 milhões de pessoas usando suas soluções.
6. ZoeMob 6 /10(Daniela Toviansky)
Mais um exemplo brasileiro, o ZoeMob é um serviço móvel para que os pais monitorem os filhos através dos celulares. No ano passado, a empresa recebeu um aporte de 1 milhão de reais do fundo e-Bricks Digital. O faturamento da empresa é estimado na casa dos 4 milhões de reais.
7. Whatsapp, WeChat e Line 7 /10(tecnomovida/Flickr)
Um dos casos de aquisição bilionária mais recentes, o Whatsapp, não poderia ficar de fora da lista, assim como outros apps de mensagens, como o WeChat e o Line. “Em 2013, os aplicativos de ‘social messaging’ começaram a solidificar suas receitas por meio de modelos ‘freemium’. Outra forma de faturamento desse tipo de apps é o que chamamos de compras ‘in-app’, serviços diferenciados dentro do aplicativo que são cobrados, como mais emoticons”, explica Lima.
8. Open Table 8 /10(Divulgação/Open Table)
Criado em 1998, o Open Table é o maior aplicativo de reservas do mundo e tem mais de 35 mil restaurantes. “Pode ser considerado hoje um dos grandes cases de startups. Fundado por Chuck Templeton, em 1998, passou por algumas rodadas grandes de investimento e hoje possui receita anual de 190 milhões de dólares, com valor de mercado na ordem de 1,8 bilhão de dólares”, explica Camila.
9. King 9 /10(Andrew Harrer/Bloomberg)
O mercado de games em aparelhos móveis é um dos que mais movimentam dinheiro. Os especialistas lembram dois casos impactantes deste setor: a Rovio, com o Angry Birds, e a King, com o Candy Crush. “É importante observar também que a área de jogos é uma área à parte, que gera bastante faturamento e deve ser separada do geral porque contamina as métricas”, diz Lima. A primeira tem faturamento na casa dos 150 milhões de euros e a segunda, de 1,8 bilhão de dólares.
10. Agora, leia mais dicas para empreendedores 10 /10(Reprodução/Agendor)