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Startup Minery, marketplace de mineração, recebe aporte de R$ 3 milhões

Com o investimento da Happy Capital, a empresa vai colocar no ar a sua plataforma que conecta pequenos mineradores a compradores nacionais e internacionais

Raphael Jacob e Eduardo Gama, fundadores da Minery: startup conecta pequenas e médias mineradoras com compradores do Brasil e do mundo (Minery/Divulgação)

Raphael Jacob e Eduardo Gama, fundadores da Minery: startup conecta pequenas e médias mineradoras com compradores do Brasil e do mundo (Minery/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 18 de novembro de 2020 às 09h30.

Última atualização em 18 de novembro de 2020 às 09h35.

A startup Minery, fundada em 2018, tenta cavar seu espaço no setor de mineração brasileiro. A empresa atua conectando pequenas mineradoras a possíveis compradores de minério no Brasil e no mundo. A oportunidade é grande. Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), as micro e pequenas empresas correspondem a 87% das mineradoras do país. Ao todo, o setor de mineração do Brasil faturou 153,4 bilhões de reais em 2019. 

Nesta quarta-feira, 18, a Minery anuncia ter recebido um aporte de capital semente de 3 milhões de reais da venture builder Happy Capital. O cheque vai permitir que a startup contrate mais quinze funcionários e lance seu marketplace no dia 15 de janeiro. 

A operação está em fase de testes, com 30 mineradoras parceiras vendendo seus minérios pela plataforma. Os sócios fundadores da empresa, Eduardo Gama, presidente, e Raphael Jacob, diretor de marketing, afirmam que a operação faturou até então 1 milhão de reais. Para 2021, a expectativa da Minery é ter 120 mineradoras ativas e faturar 36 milhões de reais.

A startup tem duas principais fontes de receita no modelo atual. Primeiro, ela certifica as micro, pequenas e médias mineradoras que querem vender pelo seu marketplace. Com visitas de campo, os especialistas garantem que a empresa esteja cumprindo as leis brasileiras e as boas práticas internacionais. Pelo serviço, eles cobram valores que variam de 12.000 a 22.000 reais. 

“A Minery apoia e faz parte do Pacto Global da ONU, por isso, vimos a necessidade de criar um certificado com base nos princípios do Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), onde avaliamos mais de 74 parâmetros, entre eles a presença de trabalho infantil/escravo, utilização de EPIs, grau de impacto ambiental, entre outros”, afirma Gama.

O centro da operação, no entanto, é a venda no marketplace. Como um “Mercado Livre da mineração”, a Minery permite que as pequenas mineradoras certificadas se conectem com vendedores pela sua plataforma. Após a compra, a startup retém os valores negociados até que o produto seja recebido pelo comprador. Pelo serviço, ela cobra uma taxa que pode variar de 3% a 10%, a depender minério vendido. 

No futuro, quando a Minery tiver dados suficientes sobre a compra e venda de minérios, a startup vai oferecer mais produtos financeiros às mineradoras. “Entendendo o padrão de entrega das mineradoras parceiras, vamos conseguir oferecer linhas de crédito e seguros”, diz o presidente.

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