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Startup de marketing criada por brasileiros nos EUA recebe R$ 11,6 milhões

A Arena, que utiliza inteligência artificial na jornada de compra online, finalizou sua 2ª rodada seed de investimentos, liderada pelo Redpoint eventures

E-commerce: Arena aumenta engajamento e conversão de vendas no site de seus clientes (Pinkypills/Thinkstock)
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Carolina Ingizza

Publicado em 18 de junho de 2020 às 19h55.

Última atualização em 18 de junho de 2020 às 20h07.

Com o consumo no mundo digital crescendo, nada é mais importante para as marcas do que manter os clientes engajados em seu site. Para ajudar nesse processo, a startup Arena, criada por brasileiros no Vale do Silício , desenvolveu uma plataforma que ajuda na retenção dos consumidores.

Com uma tecnologia de inteligência artificial, a empresa melhora a experiência de compra nos sites e aplicativos, usando notificações push, e-mails e chats ao vivo. Segundo a startup, após a utilização do software, os clientes conseguem engajamento superior a 64% e aumentam em até três vezes a conversão de vendas.

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A startup tem atuação global e soma clientes de peso, como Rede Globo, Microsoft, Sony Music, Fox Sports, MSN, Rogers Telecom, Turner e Nascar. Ao todo, são mais de 6.000 clientes em 120 países. Desde empresas pequenas a gigantes da telecomunicação.

O negócio foi criado em 2016 por Paulo Martins, que foi diretor de produto na empresa americana de streaming Hulu, e Rodrigo Reis, que trabalhava no setor de e-commerce do Walmart. Juntos, eles queriam desenvolver uma plataforma o mais simples e eficiente possível para equipes de marketing.

“Com a nossa plataforma de personalização de experiências baseada em dados e IA, nossos clientes podem construir audiências e campanhas sem precisar depender de redes sociais e cookies que estão caindo em desuso”, diz Reis.

A empresa, que trabalha no modelo de software como serviço, cobra uma mensalidade que pode variar de 1.000 a 500.000 dólares por ano, a depender do tamanho do cliente e do volume de acessos no site e no aplicativo.

Paulo Martins e Rodrigo Reis, fundadores da Arena: empreendedores montaram a empresa no Vale do Silício, nos Estados Unidos (Arena)

Investimento milionário

Para continuar a expansão global, os sócios buscaram investimento no mercado. Na sua segunda rodada seed, finalizada agora, a startup levantou 11,6 milhões de reais. O investimento foi liderado pela gestora de venture capital Redpoint eventures, que também investiu nas startups brasileiras Gympass e Creditas.

Segundo Romero Rodrigues, sócio-diretor da Redpoint eventures, a área de marketing se mostra bastante promissora há dez anos no que se refere ao poder da personalização digital para impulsionar taxas de conversão de venda.

“A Arena entregou exatamente este negócio. Sua plataforma de personalização de experiência é uma aliada profissional de marketing, orientada para a obtenção de dados em tempo real, sem comprometer a privacidade dos visitantes do site”, diz Rodrigues.

Paulo Martins, fundador e presidente da Arena, afirma que a startup vai usar o investimento para expandir sua equipe de marketing e vendas, além de aumentar a presença da companhia em mercados globais. Para fortalecer a presença no Brasil, a startup recentemente abriu um escritório em Belo Horizonte, que conta com oito funcionários. Ao todo, a empresa emprega 25 pessoas.

Para Martins, os principais desafios agora são conseguir gerir um time grande de atuação global. “Precisamos ter equipes remotas cobrindo de maneira eficiente os diferentes fusos horários”, diz o fundador.

Em relação aos concorrentes, como Adobe, Salesforce e Oracle, que possuem produtos similares, o empreendedor vê oportunidades de negócio. “Poderíamos competir, mas nossa plataforma se conecta com a deles, os vejo mais como parceiros em potencial”, diz Martins.

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