São Paulo - Em pouco tempo, a família Obama vai fazer as malas e deixar a residência oficial da presidência americana. Como bom comediante que é, Barack Obama tem aproveitado as chances para falar da situação. Talvez você tenha escutado que alguém pulou a cerca da Casa Branca semana passada, mas preciso dar crédito ao Serviço Secreto – eles encontraram a Michelle, a trouxeram de volta e agora ela está em casa, brincou recentemente. Faltam poucos meses, querida.
A transição da presidência para a vida civil é um dos aspectos mais fascinantes para cidadãos americanos, e o futuro de Obama, um advogado apaixonado por tecnologia e inovação, tem suscitado um interesse especial no Vale do Silício , na Califórnia (um dos maiores polos tecnológicos do mundo com uma cultura altamente empreendedora, sobre a qual o portal Na Prática já escreveu anteriormente ).
Tudo graças à entrevista da revista Bloomberg Businessweek, em que o presidente falou brevemente sobre seus possíveis planos: As conversas que tenho com pessoas do Vale do Silício e de venture capital [capital de risco] unem meus interesses por ciências e empresas de maneira muito satisfatória.
Ele aproveitou para elencar suas qualificações. Acho que as habilidades que começaram minhas campanhas presidenciais – e que construíram os tipos de equipe que construímos e as ideias de marketing – seriam as mesmas que eu gostaria de continuar usando no setor privado.
Não é a primeira vez que ele se empolga. Em um discurso no White House Demo Day, evento na Casa Branca que reuniu 32 startups, fez elogios à indústria. Ideias podem vir de qualquer um e mover o mundo, disse. E mantenham em mente que, em 18 meses, vou precisar de um emprego.
Cotidiano
Após a entrevista, os venture capitalists, mais conhecidos como VCs, imediatamente se animaram. Afinal, quem não quer alguém pragmático, dono de uma enorme rede de contatos e muita experiência com análise rápida de informações em seu time de investimentos?
A rotina de um VC consiste em ouvir pitches de empreendedores – que costumam visitar diversos escritórios em suas rodadas de investimentos –, avaliar seu potencial e, caso haja interesse, precificá-lo no papel. Trata-se da evaluation, ou avaliação, do valor da empresa.
Com base nela, um valor é ofertado e, se tudo der certo, contratos são assinados. Os investidores passam então a acompanhar o desenvolvimento da empresa, sugerindo (ou exigindo) mudanças e melhorias de acordo com os termos estipulados.
Quando a startup é disputada, a batalha pelo melhor investimento pode resultar em valores incrivelmente altos. O primeiro episódio da série Silicon Valley é um ótimo exemplo.
Na luta pela mesma tecnologia, dois investidores rivais vão escalando suas ofertas. Em poucos minutos, um deles oferece US$ 10 milhões para adquirir a empresa. O outro, um VC, oferece US$ 200 mil por 5%. O empreendedor, surpreso, não sabe o que fazer e foge.
Apesar de parecer surreal, o seriado é considerado o melhor sobre o Vale do Silício até hoje, inclusive por quem trabalha lá. Os próprios roteiristas, no entanto, já disseram que o mundo real às vezes ultrapassa a ficção quando se trata dos malabarismos do capital de risco – e que se tudo fosse parar na televisão, espectadores não iriam nem achar factível.
Milhões e milhões
No jargão do Vale, um unicórnio é uma empresa de capital fechado avaliada em pelo menos US$ 1 bilhão. Houve um momento em que uma companhia do tipo era vista como mítica – daí o nome.
De acordo com a CB Insights, que pesquisa fundos de capital de risco e mantém uma lista atualizada, este clube hoje tem 169 membros. Em conjunto, eles valem US$ 609 bilhões.
Por ali estão algumas figuras conhecidas, como Uber (US$ 62,5 bilhões), AirBnb (US$ 25,5 bilhões), Snapchat (US$ 16 bilhões) e Buzzfeed (US$ 1,5 bilhão). Os números são tão altos que quem vale mais de US$ 10 bilhões ganhou até um novo nome, decacorn, um unicórnio de dez chifres.
A festa milionária do Vale do Silício, no entanto, parece estar encolhendo. No primeiro semestre, por exemplo, VCs investiram um total de US$ 9,3 bilhões. No semestre anterior, foram US$ 17,6 bilhões.
Especialistas dizem que é um reflexo de anos de excessos de escritórios de venture capitals e de pouco crescimento por parte das startups, que agora correm contra o tempo para ajustar suas finanças antes de falirem.
Como captar investimentos em novas rodadas está muito difícil, o dinheiro em caixa, chamado de runway, precisa render muito mais em termos de desenvolvimento. E para impressionar investidores, as startups precisam começar a apresentar crescimento sustentável – algo pouco crucial há alguns anos, quando reinava a fartura.
Em uma carta aberta, o investidor Bill Gurley diz que o próprio crescimento do número de unicórnios é culpado pela ressaca. Ao fim e ao cabo, escreveu, é simplesmente dinheiro demais no sistema.
O capital excessivo levou a taxas recordes de gastos; à maior parte das empresas operar bem longe da rentabilidade; à competição excessivamente intensa por acesso ao capital; à liquidez atrasada ou não-existente para funcionários e investidores, disse. A coisa mais saudável que pode acontecer é um crescimento dramático do custo real do capital e um retorno ao apreço pela boa execução de negócios.
No longo prazo, especialistas apostam no resultado positivo. O Vale do Silício seguirá inovando e sobreviverão as empresas de maior qualidade, com melhores modelos de negócios e, quem sabe, algumas que conquistaram a atenção de um ex-presidente dos Estados Unidos.
*Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal da Fundação Estudar
São Paulo – Você acha que o
Linkedin só é útil para quem está em busca de um novo emprego? Se sim, está muito enganado. Além de ajudar qualquer pessoa a manter sua rede de contatos ativa, a rede social tem um serviço de postagem de textos. Funciona como um blog atrelado ao perfil de cada um, especialmente focado em questões profissionais e negócios. Mas como isso pode ajudar empreendedores em busca de conteúdo de qualidade? Pois o Linkedin também tem o selo Influencers, que pode ajudá-lo a selecionar os melhores textos. O selo é oferecido pelo próprio Linkedin para pessoas de destaque em seu segmento. No Brasil, o selo chegou no ano passado, e desde então 36 pessoas entraram para o grupo. Dentre os nomes brasileiros estão
Abilio Diniz , da BRF, e Chieko a Aoki, fundadora da rede Blue Tree Hotels. Eles escrevem sobre desafios do empreendedorismo, inovação e oportunidades para quem quer ter seu próprio negócio. Navegue pelos slides acima e veja quinze Influencers do Linkedin que vale a pena seguir.
2. 1 - Abilio Diniz 2 /17(Raul Junior/EXAME.com)
Abilio Diniz é um dos maiores empresários do país, presidente do conselho da BRF, e um dos donos do Carrefour. Com uma trajetória vencedora no empreendedorismo, o empresário tem muito a ensinar para quem está começando.
Em seu perfil no Linkedin, ele escreve sobre questões fundamentais para qualquer um que esteja a frente de um negócio, como disciplina, determinação e sobre como lidar com períodos de crise econômica.
3. 2 – Alexandre Hohagen 3 /17(ANTONIO CARREIRO/Divulgacao)
Alexandre Hohagen é um investidor brasileiro. Foi vice-presidente do Facebook na América Latina e já passou por outras empresas de peso como Google, HBO e UOL. Agora, Hohagen se dedica a projetos pessoais, como uma holding de publicidade e tecnologia com foco na América Latina e nos Estados Unidos. Por enquanto, Hohagen tem apenas um texto
em seu perfil no Linkedin, mas com um tema super pertinente para empreendedores: como sair da crise.
4. 3 – Bel Pesce 4 /17(EXAME.com)
Jovem empreendedora de sucesso, Bel Pesce estudou no MIT e viveu no Vale do Silício, nos Estados Unidos, onde fundou algumas startups, dentre elas a Lemon Wallet. De volta ao Brasil, Bel criou a escola FazINOVA, com cursos sobre empreendedorismo.
No Linkedin, a empreendedora fala sobre como tornar sonhos em realidade, um tema caro a qualquer empreendedor.
5. 4 – Chieko Aoki 5 /17(Divulgação)
Uma das mais influentes empreendedoras do país, Chieko Aoki é fundadora da rede Blue Tree Hotels. Além disso, a senhora Aoki (como é chamada) tem uma forte atuação para o fortalecimento do empreendedorismo feminino, através do Grupo Mulheres do Brasil.
No Linkedin, ela fala sobre mulheres empreendedoras e outros temas interessantes para quem tem seu próprio negócio.
6. 5 – Érico Borgo 6 /17(Divulgação)
Érico Borgo é o fundador do site Omelete, considerado o maior portal de cultura pop do Brasil.
Em seu perfil no Linkedin, o empreendedor fala sobre a indústria criativa e internet, temas importantes para quem quer empreender no setor.
7. 6 – Gustavo Caetano 7 /17(Divulgação)
É o fundador da Samba Tech, considerada uma das empresas mais inovadoras do país e já foi chamado de Mark Zuckerberg brasileiro pela revista americana Business Insider.
Em seu perfil no Linkedin, o empreendedor fala sobre seus aprendizados à frente da startup e dá dicas sobre diversos temas.
8. 7 – Laércio Cosentino 8 /17(Germano Lüders/EXAME)
Laércio Cosentino é CEO da TOTVS, empresa na qual está há 32 anos.
Em se perfil no Linkedin, o executivo fala sobre tecnologia e oportunidades para empreendedores.
9. 8 – Leila Velez 9 /17(Endeavor/Denis Ribeiro)
Leila Velez é uma empreendedora brasileira, fundadora do Instituto Beleza Natural. Leila tem uma história que inspira qualquer um: ela começou a trabalhar como atendente do Mc Donald's e, junto com sua sócia, iniciou o Beleza Natural a partir de uma necessidade própria: ambas buscavam produtos para cabelos cacheados. Hoje, o negócio delas tem filiais em várias partes do país.
No Linkedin, Leila fala sobre a importância da mentoria para empreendedores.
10. 9 – Luiza Helena Trajano 10 /17(Mário Miranda/Amcham)
À frente da rede Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano é uma das mais influentes empresárias brasileiras. Assim como Chieko Aoki, ela faz parte do Grupo Mulheres do Brasil.
Em seu perfil no Linkedin, ela fala sobre networking e mulheres no universo dos negócios.
11. 10 – Luiz Seabra 11 /17(.)
Luiz Seabra é um dos fundadores da empresa de cosméticos Natura. O empreendedor tem larga experiência na gestão de sua empresa e é conhecido por sua preocupação em garantir resultados não apenas financeiros para a Natura, mas também sociais e ambientais.
No Linkedin, Seabra escreve principalmente sobre propósito e valores empresariais.
12. 11 – Rodrigo Galindo 12 /17(Germano Lüders/EXAME)
Rodrigo Galindo é CEO da Kroton, um gigante do mercado de educação do país.
No Linkedin, o executivo fala sobre os desafios de ser um jovem empreendedor e também sobre o setor de educação, no qual atua hoje.
13. 12 – Ruy Shiozawa 13 /17(Divulgação/Great Place to Work)
Ruy Shiozawa é CEO do instituto Great Place to Work no Brasil, um entidade que avalia o ambiente organizacional das empresas, e publica o ranking de melhores lugares para se trabalhar.
Em seu perfil no Linkedin, Shiozawa fala bastante sobre liderança, como melhorar sua empresa e como gerir pessoas.
14. 13 – Vicente Falconi 14 /17(Germano Lüders/EXAME)
Vicente Falconi é um dos mais respeitados consultores de gestão empresarial do país.
Em seu perfil no Linkedin, fala sobre liderança e como melhorar resultados.
15. 14 – Romero Rodrigues 15 /17(Fabio Sarraf / EXAME)
Fundador do Buscapé, um dos maiores sites de busca e comparação de preços da América Latina, Romero Rodrigues usa
seu perfil no Linkedin para falar sobre e-commerce, empreendedorismo em tempos de crise e tendências no mercado brasileiro.
16. 15 – Walter Longo 16 /17(Divulgação)
Presidente do Grupo Abril, Walter Longo já passou por empresas como Grupo Newcomm e TVA.
Em seu perfil no Linkedin, o executivo fala sobre inovação, gestão de empresas, comunicação, dentre outros temas.
17. Quer mais inspiração? Então veja esses conselhos 17 /17(Reprodução)