Softbank chega à Argentina e investe US$ 150 mi em startup de pagamentos
Softbank e a chinesa Tencent, dona de empresas de tecnologia como o WeChat, lideraram aporte de 150 milhões de dólares na fintech argentina Ualá
Carolina Riveira
Publicado em 25 de novembro de 2019 às 16h02.
Última atualização em 25 de novembro de 2019 às 17h03.
A Tencent , gigante chinesa de Internet, decidiu reforçar a aposta no aplicativo de pagamentos móveis Ualá, da Argentina , ao liderar uma rodada de financiamento de US$ 150 milhões da Série C, juntando-se ao conglomerado japonês SoftBank e outros investidores.
A Ualá planeja usar os recursos para triplicar a força de trabalho para mais de 500 funcionários até o fim de 2020, expandir seu produto de empréstimos e desenvolver unidades de negócios, disse o fundador e CEO da empresa, Pierpaolo Barbieri. Alguns dos investidores de peso mais antigos, como Soros Fund Management, Goldman Sachs Investment Partners e Jefferies, estão entre os outros participantes da rodada de financiamento.
Há duas semanas, a empresa introduziu uma nova ferramenta de investimentos em um fundo mútuo de baixo risco por meio do aplicativo.
A Ualá emitiu 1,3 milhão de cartões pré-pagos desde o começo das operações em outubro de 2017, como parte de uma aposta no crescimento de longo prazo em um país onde menos da metade da população possui conta bancária. Barbieri não quis comentar os planos de expansão fora da Argentina ou o valor de mercado da empresa.
“É, de longe, o maior investimento que recebemos”, disse Barbieri em entrevista. “Queremos continuar a parceria com outros ‘players’ em serviços financeiros.”
A Tencent havia anunciado em abril que estava comprando uma participação na empresa, mas sem divulgar o valor. Tanto a Tencent quanto o SoftBank terão um representante no conselho de administração da Ualá, que tem sete membros. O investimento também marca o primeiro projeto do SoftBank na Argentina, disse Barbieri.