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A receita do Grupo Burguês para multiplicar um faturamento de R$193 mi

Grupo que reúne hamburguerias e pizzaria triplicou de tamanho durante a pandemia e já projeta faturar R$ 200 milhões

Pizzaria O Fornês, parte do Grupo Burguês: grupo carioca deve faturar R$220 milhões com aposta no delivery de fast-food (Grupo Burguês/Divulgação)
MC

Maria Clara Dias

Publicado em 16 de setembro de 2021 às 12h21.

Há 4 anos, quando os amigos Gabriel Régis, Felipe Mendes, Diego Pampolha e Rafael Freire decidiram abrir uma hamburgueria para dar uma cara mais profissional ao delivery, a ideia parecia incomum. Afinal, eram poucos os estabelecimentos que entendiam o canal como prioridade. Da ideia nasceu a O Burguês, já voltada para o delivery, com uma operação mais enxuta, que considera as entregas desde a escolha das embalagens até a logística.

O modelo de negócio deu origem a outras 30 operações pelo Brasil, além de duas novas marcas: uma pizzaria e uma hamburgueria premium, os restaurantes O Fornês e a Ex-Touro.  Assim foi criado o grupo carioca Burguês.

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Com as três marcas, o Grupo tem pouco mais de 70 lojas em nove estados, sendo 50 delas em modelo de franquia — grande parte delas vendidas na fase mais aguda da pandemia de covid-19. Mesmo com todos os percalços econômicos, o Grupo dobrou o faturamento em um período de 8 meses, com uma receita de 8 milhões de reais em outubro de 2020.

No acumulado do ano, a empresa triplicou de tamanho. O faturamento anual disparou de 65 milhões de reais em 2020 para 193 milhões de reais, em setembro deste ano.

O que justifica, em partes, o crescimento acelerado do Grupo — e as projeções ainda mais otimistas para o futuro — é justamente a percepção de que o delivery veio para ficar, e está longe de ser uma saída emergencial para o setor de alimentação. “Quando o delivery se mostrou uma tendência, já tínhamos certa eficiência por ali e um trabalho já estabelecido. Já tínhamos meio caminho andado”, diz Flávio Rodrigues, gerente comercial do Grupo Burguês.

"Ninguém sabia o que seria do futuro do setor. Havia uma dúvida sobre quão viável era o delivery e se de fato as pessoas iriam comprar assim, e o que vimos foi que o delivery veio para ficar e já estávamos bem adiantados no assunto”, diz.

A reabertura dos restaurantes, porém, não desanima a empresa, que mantém projeções otimistas e uma crença inabalável no poder das entregas daqui para a frente. Para 2022, a estimativa é faturar mais de 220 milhões de reais e triplicar o número de lojas.

Para chegar até lá, uma das apostas são as inaugurações ainda em 2021. Serão abertas 67 unidades das três marcas até o final do ano. Somado a isso, o Grupo lança, no segundo semestre, duas novas marcas: uma de comida árabe e uma pizzaria premium.

“Temos um campo muito grande para trabalhar nessas duas áreas, principalmente na comida árabe, um segmento ainda não tão bem explorado neste modelo de delivery”, diz.

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