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Lavar carros pode virar negócio grande

Como o paulista Guilherme Gmeiner fez uma pequena rede de lavagem de carros crescer ao prestar serviços para grandes empresas e para donos de aviões e de barcos

Guilherme Gmeiner: A margem de lucro da DryUp cresceu 15% desde que começamos a atender donos de barcos e aviões" (Fabiano Accorsi)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2013 às 20h34.

São Paulo - Durante 2011, o empreendedor Guilherme Gmeiner, de 33 anos, passou várias noites em claro no aeroporto de Los Angeles, nos Estados Unidos. Ele estava lá para acompanhar o trabalho dos funcionários que limpam a fuselagem dos aviões entre uma e outra viagem.

A missão fez parte de um treinamento antes de Gmeiner incluir a limpeza de aviões e helicópteros entre os serviços prestados por sua empresa, a rede paulista de lavagem de carros DryUp, que deve faturar 19,8 milhões de reais em 2013, 30% mais que no ano passado.

"Estive em Los Angeles a convite de um empreendedor americano que é dono de uma fabricante de produtos para limpeza de aviões", diz Gmeiner. "A experiência ajudou a entender o processo antes de aplicá-lo por aqui."

Quais os motivos para que uma rede de lava-rápidos comece a oferecer serviços de limpeza de aeronaves? Segundo Gmeiner, a diversificação visa aproveitar o atual momento da aviação civil.

Dados do último Anuário Brasileiro de Aviação Geral mostram que o país tem a segunda maior frota de aviões e helicópteros de uso particular do mundo, com mais de 13.000 aeronaves. "Esse mercado está ganhando importância, e a concorrência para a limpeza de aviões ainda não é tão forte", diz Gmeiner.

Segundo os cálculos de Gmeiner, um contrato de aviação chega a ser 30% mais rentável que os serviços prestados num lava-rápido, como lavagem a seco e limpeza de peças.

Embora tenha entrado no mercado de aviação há menos de dois anos, a DryUp já atende clientes importantes, como a Força Aérea Brasileira, que mantém os aviões utilizados pela presidente Dilma Roussef f, além de empresas de táxi-aéreo e donos de aviões e helicópteros.


Recentemente, alguns executivos têm feito pedidos especiais. “Eles querem que a DryUp limpe seus barcos e iates”, diz Gmeiner. "Acabei descobrindo uma nova vocação."

Os novos serviços têm ajudado Gmeiner a se recuperar de um susto. Em 2010, quando a DryUp se expandia pelo modelo de franquias, o crescimento acelerado começou a afetar as margens da empresa.

"Tive de buscar alternativas mais rentáveis para crescer", diz ele. "Desde que entramos no mercado de aviação, nossa margem total cresceu 15%." Em 2013, a limpeza de barcos e aviões deverá representar quase 10% do faturamento.

Atualmente, a DryUp está dividida em seis regiões do país, onde mantém contratos de licenciamento com outras empresas. Das 29 lojas, sete já podem prestar serviços para donos de barcos e aviões. Gmeiner também tem incentivado os membros da rede a fechar contratos com concessionárias e grandes empresas com frotas próprias de carros.

Ainda em 2013, a DryUp lançará uma linha de produtos de limpeza de carros para o consumidor final. "Diversificar em torno de algo que a empresa já sabe fazer é sempre positivo", diz Marina Dalul, consultora de estratégia do Grupo Cherto. Mas Gmeiner terá de criar processos para que a DryUp cresça respeitando as diferenças entre seus públicos.

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São Paulo - Durante 2011, o empreendedor Guilherme Gmeiner, de 33 anos, passou várias noites em claro no aeroporto de Los Angeles, nos Estados Unidos. Ele estava lá para acompanhar o trabalho dos funcionários que limpam a fuselagem dos aviões entre uma e outra viagem.

A missão fez parte de um treinamento antes de Gmeiner incluir a limpeza de aviões e helicópteros entre os serviços prestados por sua empresa, a rede paulista de lavagem de carros DryUp, que deve faturar 19,8 milhões de reais em 2013, 30% mais que no ano passado.

"Estive em Los Angeles a convite de um empreendedor americano que é dono de uma fabricante de produtos para limpeza de aviões", diz Gmeiner. "A experiência ajudou a entender o processo antes de aplicá-lo por aqui."

Quais os motivos para que uma rede de lava-rápidos comece a oferecer serviços de limpeza de aeronaves? Segundo Gmeiner, a diversificação visa aproveitar o atual momento da aviação civil.

Dados do último Anuário Brasileiro de Aviação Geral mostram que o país tem a segunda maior frota de aviões e helicópteros de uso particular do mundo, com mais de 13.000 aeronaves. "Esse mercado está ganhando importância, e a concorrência para a limpeza de aviões ainda não é tão forte", diz Gmeiner.

Segundo os cálculos de Gmeiner, um contrato de aviação chega a ser 30% mais rentável que os serviços prestados num lava-rápido, como lavagem a seco e limpeza de peças.

Embora tenha entrado no mercado de aviação há menos de dois anos, a DryUp já atende clientes importantes, como a Força Aérea Brasileira, que mantém os aviões utilizados pela presidente Dilma Roussef f, além de empresas de táxi-aéreo e donos de aviões e helicópteros.


Recentemente, alguns executivos têm feito pedidos especiais. “Eles querem que a DryUp limpe seus barcos e iates”, diz Gmeiner. "Acabei descobrindo uma nova vocação."

Os novos serviços têm ajudado Gmeiner a se recuperar de um susto. Em 2010, quando a DryUp se expandia pelo modelo de franquias, o crescimento acelerado começou a afetar as margens da empresa.

"Tive de buscar alternativas mais rentáveis para crescer", diz ele. "Desde que entramos no mercado de aviação, nossa margem total cresceu 15%." Em 2013, a limpeza de barcos e aviões deverá representar quase 10% do faturamento.

Atualmente, a DryUp está dividida em seis regiões do país, onde mantém contratos de licenciamento com outras empresas. Das 29 lojas, sete já podem prestar serviços para donos de barcos e aviões. Gmeiner também tem incentivado os membros da rede a fechar contratos com concessionárias e grandes empresas com frotas próprias de carros.

Ainda em 2013, a DryUp lançará uma linha de produtos de limpeza de carros para o consumidor final. "Diversificar em torno de algo que a empresa já sabe fazer é sempre positivo", diz Marina Dalul, consultora de estratégia do Grupo Cherto. Mas Gmeiner terá de criar processos para que a DryUp cresça respeitando as diferenças entre seus públicos.

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