Dicas para acertar na hora de contratar um funcionário
Se errarmos na seleção de um funcionário, teremos dificuldade para desenvolvê-lo, e, provavelmente, ele será mal avaliado e demitido no futuro. Portanto, saiba escolher.
Da Redação
Publicado em 15 de fevereiro de 2016 às 14h01.
Dicas para acertar na hora de contratar
Escrito por Sílvio Celestino, especialista em gestão de pessoas
Um problema que ocorre na formação da nossa equipe é que, se errarmos na seleção de um funcionário, teremos dificuldade para desenvolvê-lo, e, provavelmente, ele será mal avaliado e demitido no futuro. Portanto, essa é uma questão essencial para o sucesso da empresa, principalmente para as de pequeno porte.
Embora sempre seja recomendável o auxílio de empresas de recrutamento e seleção, temos de ter referências próprias para saber se um candidato é o mais indicado para trabalhar em nossa empresa.
Para isso, aí vão quatro dicas fáceis de lembrar na hora de contratar uma pessoa. Você deve avaliar a cabeça, as mãos, os ombros e o coração dos candidatos. A metáfora é a seguinte:
A pessoa tem a cabeça requerida para a vaga? Isso significa observar se possui a inteligência necessária para trabalhar na empresa. A melhor maneira de descobrir é fazer perguntas que possibilitem analisar como o candidato pensa. Por exemplo, se você tem uma consultoria, precisa de alguém capaz de avaliar um problema e estruturar a solução, estimando valores onde eles não forem precisos. Uma pergunta do tipo “quantos cabeleireiros existem em São Paulo?” pode revelar se a pessoa é capaz disso.
É evidente que, para cada empresa, há um tipo de pergunta. Para criá-las, pegue uma situação real do dia a dia da empresa e transforme-a em uma pergunta. Ao observar como o candidato responde, você poderá verificar se ele tem a inteligência necessária para trabalhar em sua companhia.
O candidato possui boas mãos? Ou seja, ele possui habilidades extras? É claro que um analista contábil deve conhecer contabilidade. Mas, se tiver uma boa oratória, ele poderá ser um bom executivo de vendas, com excelente conhecimento sobre números. Evite contratar pessoas que saibam fazer somente uma tarefa e não possuam habilidades extras, pois, quando a empresa crescer, você não poderá promovê-la. E, lembre-se, já que estamos falando sobre dicas na hora de contratar, é sempre mais vantajoso promover internamente e contratar para cargos mais baixos na hierarquia.
Quão largos são seus ombros? Todo mundo quer ser promovido, mas, quando você coloca responsabilidades sobre seus ombros, as pessoas envergam, ou esquivam-se. Para saber se a pessoa assume responsabilidades, veja se ela o faz desde já. Ou seja, indivíduos responsáveis demonstram isso ao participar voluntariamente de entidades assistenciais ou associações; são síndicos ou já participaram de projetos que não faziam necessariamente parte do escopo de suas funções, em empregos anteriores. Essa já é uma questão sutil, mas pessoas com ombros pequenos não são bons candidatos.
Por último, você deve observar o coração do indivíduo. Não basta alguém querer trabalhar em sua organização. Isso, todos vão falar que desejam. Mas você deve observar o quanto esse indivíduo trabalhará para que sua empresa seja vitoriosa. Deve observar o quanto ele entende do seu negócio, qual o papel dele para que a empresa seja bem-sucedida e se está disposto a dedicar-se a isso. E não apenas intelectualmente. Se todos na empresa fizerem somente o que é mandado, a companhia vai falir. É preciso que pessoas tenham grandes corações, capazes de fazer coisas que contribuam com a empresa, e não somente aquilo que está na sua esfera de atuação.
Nenhuma equipe ganha, se seus participantes não forem inteligentes, habilidosos, assumirem responsabilidades e desejarem a vitória do time, e não somente a sua.
Por isso, ao contratar, observe com atenção a cabeça, as mãos, os ombros e o coração dos candidatos. Eles são indicadores sólidos para maior acerto nessa difícil tarefa de selecionar pessoas.
Vamos em frente!
Sílvio Celestino é sócio-fundador da Alliance Coaching.
Envie suas dúvidas sobre gestão de pessoas e empreendedorismo parapme-exame@abril.com.br.
Dicas para acertar na hora de contratar
Escrito por Sílvio Celestino, especialista em gestão de pessoas
Um problema que ocorre na formação da nossa equipe é que, se errarmos na seleção de um funcionário, teremos dificuldade para desenvolvê-lo, e, provavelmente, ele será mal avaliado e demitido no futuro. Portanto, essa é uma questão essencial para o sucesso da empresa, principalmente para as de pequeno porte.
Embora sempre seja recomendável o auxílio de empresas de recrutamento e seleção, temos de ter referências próprias para saber se um candidato é o mais indicado para trabalhar em nossa empresa.
Para isso, aí vão quatro dicas fáceis de lembrar na hora de contratar uma pessoa. Você deve avaliar a cabeça, as mãos, os ombros e o coração dos candidatos. A metáfora é a seguinte:
A pessoa tem a cabeça requerida para a vaga? Isso significa observar se possui a inteligência necessária para trabalhar na empresa. A melhor maneira de descobrir é fazer perguntas que possibilitem analisar como o candidato pensa. Por exemplo, se você tem uma consultoria, precisa de alguém capaz de avaliar um problema e estruturar a solução, estimando valores onde eles não forem precisos. Uma pergunta do tipo “quantos cabeleireiros existem em São Paulo?” pode revelar se a pessoa é capaz disso.
É evidente que, para cada empresa, há um tipo de pergunta. Para criá-las, pegue uma situação real do dia a dia da empresa e transforme-a em uma pergunta. Ao observar como o candidato responde, você poderá verificar se ele tem a inteligência necessária para trabalhar em sua companhia.
O candidato possui boas mãos? Ou seja, ele possui habilidades extras? É claro que um analista contábil deve conhecer contabilidade. Mas, se tiver uma boa oratória, ele poderá ser um bom executivo de vendas, com excelente conhecimento sobre números. Evite contratar pessoas que saibam fazer somente uma tarefa e não possuam habilidades extras, pois, quando a empresa crescer, você não poderá promovê-la. E, lembre-se, já que estamos falando sobre dicas na hora de contratar, é sempre mais vantajoso promover internamente e contratar para cargos mais baixos na hierarquia.
Quão largos são seus ombros? Todo mundo quer ser promovido, mas, quando você coloca responsabilidades sobre seus ombros, as pessoas envergam, ou esquivam-se. Para saber se a pessoa assume responsabilidades, veja se ela o faz desde já. Ou seja, indivíduos responsáveis demonstram isso ao participar voluntariamente de entidades assistenciais ou associações; são síndicos ou já participaram de projetos que não faziam necessariamente parte do escopo de suas funções, em empregos anteriores. Essa já é uma questão sutil, mas pessoas com ombros pequenos não são bons candidatos.
Por último, você deve observar o coração do indivíduo. Não basta alguém querer trabalhar em sua organização. Isso, todos vão falar que desejam. Mas você deve observar o quanto esse indivíduo trabalhará para que sua empresa seja vitoriosa. Deve observar o quanto ele entende do seu negócio, qual o papel dele para que a empresa seja bem-sucedida e se está disposto a dedicar-se a isso. E não apenas intelectualmente. Se todos na empresa fizerem somente o que é mandado, a companhia vai falir. É preciso que pessoas tenham grandes corações, capazes de fazer coisas que contribuam com a empresa, e não somente aquilo que está na sua esfera de atuação.
Nenhuma equipe ganha, se seus participantes não forem inteligentes, habilidosos, assumirem responsabilidades e desejarem a vitória do time, e não somente a sua.
Por isso, ao contratar, observe com atenção a cabeça, as mãos, os ombros e o coração dos candidatos. Eles são indicadores sólidos para maior acerto nessa difícil tarefa de selecionar pessoas.
Vamos em frente!
Sílvio Celestino é sócio-fundador da Alliance Coaching.
Envie suas dúvidas sobre gestão de pessoas e empreendedorismo parapme-exame@abril.com.br.