Depois de falir empresa, casal cria Starbucks do interior e fatura milhões
Brunna Farizel e Lucas Moreira são fundadores da Splash Bebidas Urbanas, rede de lojas de bebidas prontas que deve encerrar o ano faturando R$ 66 milhões
Maria Clara Dias
Publicado em 17 de dezembro de 2021 às 09h00.
Última atualização em 17 de dezembro de 2021 às 15h31.
Aos 20 anos de idade, Lucas Moreira e Brunna Farizel decidiram juntar mais do que as panelas. O casal capixaba reuniu todas as economias e decidiu investir na abertura de um negócio próprio, uma empresa de comunicação. O sucesso não estava tão próximo. Pelo contrário. A ideia não deu certo, e os dois empreendedores se mudaram para São Paulo em busca de novas oportunidades — e para se recuperar do baque econômico.
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Depois de alguns anos na capital paulista e duas carreiras paralelas de sucesso no mundo corporativo, os dois decidiram arriscar novamente após a chegada da primeira filha. Voltar a empreender, depois do susto, foi uma decisão balanceada pelo desejo de mais autonomia e mais tempo — duas commodities valiosas para pais de primeira viagem.
Em 2017, Lucas e Brunna uniram o conhecimento no mercado de luxo e no setor de franquias para criar a Splash Bebidas Urbanas, rede de lojas de bebidas prontas gourmet. “Queríamos algo que, desde o início, fosse escalável. Uma franquia, e ainda por cima com formato inovador, era a resposta para isso”, conta a empreendedora.
A proposta da Splash é oferecer uma experiência completa de cafeteria para moradores do interior, com mais de 40.000 habitantes, aos moldes do que faz o Starbucks em grandes capitais. E, por falar em modelo de negócio, a Splash também vende doces, salgados e outros tipos de bebidas, como a rede gringa. A diferença, segundo Moreira, está no alcance e capilaridade da rede. “No Brasil, não havia nada parecido com o que o Starbucks fazia”, diz. “Criamos um negócio que preenche as lacunas deixadas por eles, já que as franquias têm alcance nacional e não se limitam a unidades próprias”.
Segundo Moreira, a Splash hoje é um meio-termo entre uma cafeteria e uma sorveteria, um posicionamento que levou a rede a chegar a 85 franquias, e 40 lojas abertas em todo o país, em estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.
Em 2020, a rede faturou 22 milhões de reais, o dobro do faturado em 2019, e o número de unidades também triplicou. A perspectiva é encerrar o ano de 2021 faturando 66 milhões de reais, três vezes o resultado do ano passado, e com 100 lojas abertas.
Não ser uma cafeteria, de ponta a ponta, é a justificativa para o crescimento exponencial da rede, segundo o fundador. “As bebidas geladas e sucos costumam ser sucesso de vendas em cidades quentes. Ser apenas uma cafeteria não nos permitiria atingir todos os tipos de público”, diz. “Vamos crescer ainda mais porque tropicalizamos um modelo já amado pelos brasileiros”.
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