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Compra de marmitas fitness é econômica, mas não deve virar rotina

Nutricionistas destacam que é importante acrescentar alimentos crus e ficar atento à quantidade, para não comer demais e nem de menos

Marmita: rótulo da refeição deve conter a lista dos ingredientes, a informação nutricional e a data de validade (Westend61/Getty Images)
AO

Agência O Globo

Publicado em 6 de dezembro de 2019 às 09h31.

Última atualização em 6 de dezembro de 2019 às 09h32.

São Paulo — Na internet, é possível encontrar uma grande variedade de empresas que comercializam combos de marmitas saudáveis congeladas. Opções fitness, com baixo teor de carboidratos, vegetarianas e sem glúten, entre outras, estão disponíveis nos cardápios, com a vantagem do preço: em geral, quanto mais refeições a pessoa comprar, menor é o preço cobrado pela unidade.

Para quem quer aliar praticidade à alimentação regrada, parece uma excelente oportunidade de negócio, bem mais em conta do que comer na rua. Porém, além de pensar na facilidade e na economia, é preciso atentar para a escolha do fornecedor, o tempo de armazenamento e os hábitos de consumo da comida.

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Para Camilla Estima, nutricionista especialista em comportamento alimentar, refeições congeladas são indicadas apenas aos consumidores que recorram a elas em caráter emergencial — para que o jantar, por exemplo, não seja substituído por um pacote de biscoitos.

Portanto, não devem fazer parte darotina. Como essas marmitas contêm só preparos cozidos, e o cozimento diminui o teor de fibras dos alimentos, é aconselhável incrementar o prato com salada crua. Tomate, cenoura e alface são alguns itens que podem ser usados.

O ideal é comprar marmitas congeladas apenas de fornecedores indicados por alguém de confiança. O rótulo da refeição deve conter a lista dos ingredientes, a informação nutricional e a data de validade, que não pode ser desrespeitada. Outro cuidado importante é desconfiar de empresas que anunciam preços muito abaixo da concorrência.

"Quando há uma disparidade grande, provavelmente a qualidade e a procedência dos ingredientes utilizados é pior", diz Camilla Estima, conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas da 4ª Região (CRN-4).

Quantidade pode ser inadequada

Segundo a nutricionista, o grande problema de comprar combos de marmitas congeladas é que o consumo de comida fresca, mais nutritiva, diminui. Além disso, o cardápio pode se tornar monótono, e a quantidade de alimentos ingerida ser inadequada para as necessidades individuais.

"Se a marmita vem com mais comida do que a pessoa precisa, o consumo calórico acaba sendo excessivo, porque, no Brasil, há uma questão cultural de não se deixar nada no prato. E, se vier com menos, a pessoa normalmente busca alguma besteira para comer depois", avalia.

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