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BB e Bovespa firmam acordo para estimular médias empresas a abrir capital

Empresas que receberam investimentos do programa de private equity do banco serão estimuladas a abrir seu capital através do Bovespa Mais

Foto da Bovespa (Germano Luders)

Foto da Bovespa (Germano Luders)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2011 às 11h49.

São Paulo - A BM&FBovespa e o Banco do Brasil assinaram um convenio para fomentar a abertura de capital de médias empresas na bolsa de valores.

Por meio da parceria, as empresas que receberam investimentos do programa de private equity do banco serão estimuladas a abrir seu capital através do Bovespa Mais, segmento voltado a empresas de menor porte.
 
"Hoje temos 50 empresas investidas. Todas serão estimuladas a buscar essa solução", afirmou Ivan Monteiro, vice-presidente de finanças, mercados de capitais e relações com investidores do Banco do Brasil.
 
O banco já tem mais de 500 milhões de reais investidos em seus fundos de private equity. O total comprometido chega a 862 milhões de reais.
 
De acordo com Monteiro, um dos fundos do banco, voltado ao setor de energia, deve entrar em fase de desinvestimento em breve e as oito empresas que compõem o portfólio serão incentivadas a buscar a bolsa.

Através do convênio, as duas instituições vão promover fóruns de discussão e estudos sobre a capitalização de pequenas e médias empresas por meio da bolsa. Também estão previstos eventos em que as empresas que receberam investimentos do Banco do Brasil serão preparadas para o processo de abertura de capital.

Segundo Edemir Pinto, diretor executivo de desenvolvimento e fomento de negócios da Bovespa, a meta da bolsa neste ano é superar o volume captado em 2010. "Até abril, teremos pelo menos uma abertura de capital por semana", afirmou o executivo. Até 2015, a expectativa é de 200 novas companhias listadas.

Bovespa Mais

As empresas candidatas ao Bovespa Mais são aquelas que desejam ingressar no mercado de capitais de forma gradativa e que buscam captações de menor porte. Regras especiais se aplicam às empresas do segmento, como a exigência de um conselho administrativo de apenas três pessoas – contra os cinco exigidos Novo Mercado – e a não-obrigatoriedade de dispersão da oferta.

Além disso, as empresas listadas no Bovespa Mais têm até sete anos para atingir o mínimo de 25% de ações em circulação ou o patamar mínimo de dez negociações ao mês e presença em 25% dos pregões.

Apesar destas facilidades, o Bovespa Mais ainda não decolou. Lançado em 2005, possui apenas uma empresa listada. De acordo com Pinto, a atratividade do segmento de Novos Mercados – que já possui 109 empresas listadas - ofuscou o novo segmento. A crise econômica mundial também prejudicou o desenvolvimento do Bovespa Mais, segundo o executivo.

Os porta-vozes da Bovespa evitam fazer previsões sobre o número de empresas que devem ingressar no  Bovespa Mais, mas afirmam que outras parcerias como a firmada com o Banco do Brasil podem ser estabelecidas no futuro. 

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