As melhores capitais brasileiras para começar seu negócio
Veja quais são as capitais onde as pequenas empresas mais sobrevivem no Brasil
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2014 às 06h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h15.
São Paulo – O perfil socioeconômico de uma cidade pode ser determinante para o sucesso de um negócio. No último estudo sobre sobrevivência de pequenas empresas , divulgado pelo Sebrae em 2013, é possível rastrear em quais cidades os empreendedores conseguem se manter por mais tempo. De acordo com o levantamento, as taxas de sobrevivência nas capitais são menores que as médias dos estados. Isso acontece pela maior oferta de negócios e também pelos custos mais altos para manter a empresa. As capitais com taxas mais baixas são Rio Branco (52,3%), Manaus (53,5%) e Recife (55,3%). Veja o ranking, segundo o estudo, das capitais com melhores e piores taxas de sobrevivência. A taxa média nacional foi de 76% - e 72% entre as capitais - e cada região teve sua própria medição também, sendo 69,7% para o Norte, 71,9% para o Nordeste, 76,2% para o Sudeste, 71,8% para o Sul, e 69,6% para o Centro Oeste.
A capital número um em sobrevivência é também a melhor da região Centro Oeste. Os negócios em Brasília sobrevivem mais do que os de outras capitais, com taxa de 79,8%. Esta taxa levou em consideração 9812 negócios criados em 2007 e revisados dois anos depois.
A segunda posição no ranking é de João Pessoa, com taxa de sobrevivência de 79,3%, acima da média nacional, mas ainda abaixo da estadual, que é de 80,5%. Na região Nordeste, os negócios da capital se destacam.
A capital financeira do país ficou em terceiro lugar na lista. Dos quase 55 mil negócios avaliados, 77,9% sobreviveram aos dois primeiros anos de operação. Na região Sudeste, São Paulo apresentou o melhor desempenho.
A segunda melhor capital da região Sudeste e a quarta melhor do país é Belo Horizonte. A taxa de sobrevivência das 8841 empresas avaliadas foi de 77,2%, acima da média nacional ainda, mas abaixo da estadual, que é de 81,5%.
Maceió completa o topo da lista, com taxa de sobrevivência de 77,1%. Foram abertas 1495 empresas em 2007, segundo o levantamento. A taxa do estado de Alagoas foi de 77,9%.
Com pouco mais de 1400 empresas abertas, Vitória, no Espírito Santo, ficou com a sexta posição. Segundo o estudo, a capital teve taxa de sobrevivência de 76,5%. A taxa do estado é de 77,1%, contra 78,2% da região.
O Rio de Janeiro teve o pior desempenho entre as capitais do Sudeste, com taxa de sobrevivência de 72,6%. Pouco mais de 14 mil empresas foram analisadas. A taxa do estado é melhor, de 74%, mas ainda abaixo da região, de 78,2%.
Boa Vista é a primeira capital do Norte a aparecer na lista. A taxa de sobrevivência encontrada foi de 72,1%. Foram analisadas 670 empresas. A taxa de Roraima está acima, com 72,6%.
Com 818 empresas abertas, Palmas, no Tocantins, teve taxa de 71%. A média estadual é de 74,1%, abaixo da taxa nacional de 76%.
Empatada com Palmas, Porto Alegre é a primeira capital da região Sul a aparecer no ranking, com taxa de sobrevivência de 71%. A taxa estadual é de 75,4%.
A segunda colocada da região Centro Oeste aparece em 12º lugar no ranking nacional. Campo Grande teve 2341 empresas abertas em 2007 e a taxa de sobrevivência aos dois primeiros anos foi de 71%.
Em segundo lugar entre as capitais do Sul, Florianópolis teve taxa de 69,9%, bem abaixo da média nacional de 76% e também da taxa estadual, que é de 75,8%.
Com quase 6500 empresas analisadas, Curitiba ficou em último lugar na região. A taxa de sobrevivência aos dois primeiros anos do negócio foi de 69,7%. O Paraná, no entanto, teve taxa de 75%.
Com pouco mais de mil empresas avaliadas, Porto Velho apresentou taxa de sobrevivência de 69,2%, e ficou em terceiro lugar entre as capitais da região Norte. A média estadual é de 78%, segundo o levantamento.
A taxa de sobrevivência das pequenas empresas em Aracaju foi de 68,2%, contra 70,8% da média estadual. As empresas que mais lutam para sobreviver no mercado são as de serviços, de acordo com o estudo.
A capital do Rio Grande do Norte teve taxa de sobrevivência de 66,7%, segundo o levantamento. As empresas de comércio são as que mais sobrevivem no estado, com taxa de 76,8%.
Em último lugar na região Nordeste aparece Teresina, no Piaui. A taxa encontrada entre as 1488 empresas analisadas foi de 66,6%. A média estadual é de 74,8%.
Na região Norte, Belém, no Pará, teve a quarta taxa mais alta, chegando a 65,4%. A média estadual foi de 71,5% e as empresas que mais sobrevivem são as de comércio, com taxa acima dos 76%.
A taxa de sobrevivência das pequenas empresas de Goiânia foi de 65%, segundo o estudo. No estado, a taxa encontrada foi de 71,8%. A média da região Centro Oeste é de 74%.
Macapá ficou na 21º posição, com taxa de sobrevivência de 63,5%. Ainda assim, a taxa é melhor do que a média estadual, que foi de 63%. As empresas que mais sofrem para se manter no mercado no estado são as de construção, com taxa abaixo dos 40%.
Com a pior posição na região Centro Oeste, Cuiabá teve taxa de sobrevivência de 61,9%. No estado, a taxa apresentou uma diferença considerável, chegando a 72,1%. Os municípios menores podem ser mais atrativos para começar um negócio do que a capital.
São Luís teve 2619 empresas abertas e 60,4% sobreviveram aos dois primeiros anos de vida. No Maranhão, a taxa é de 68,1%, com melhor resultado para os negócios do comércio.
Em Salvador, o estudo encontrou a maior diferença entre as taxas do estado e da capital. Enquanto a Bahia tem taxa de 70,2%, Salvador apresentou 57,2%. O melhor setor do estado é o comércio, com taxa de 74,4%.
Recife também apresenta uma discrepância entre os números da capital e do estado. Pernambuco teve taxa de 66,7% e a capital, de 55,3%. As empresas que mais sobrevivem no estado são as indústrias.
A taxa de sobrevivência das pequenas empresas em Manaus foi de 53,5%. Segundo o levantamento, 3765 empresas foram constituídas em 2007. Este percentual está abaixo da taxa estadual, de 59,5%.
A capital do Acre teve o pior desempenho do ranking, com taxa de 52,3%, ou seja, pouco mais da metade das 972 empresas abertas sobreviveram aos dois primeiros anos do negócio. No Acre, a taxa média foi de 58,1%, sendo a melhor sobrevivência das indústrias.