Após aporte de 5 milhões de euros, espanhola BusUp investe R$ 10 mi em expansão pelo Brasil
O Brasil é o maior mercado de atuação da startup, que usa tecnologia para gerir fretamentos de ônibus para empresas como Grupo BIG, DHL, Dupont
Carolina Ingizza
Publicado em 11 de fevereiro de 2021 às 13h12.
Última atualização em 11 de fevereiro de 2021 às 22h32.
A startup espanhola BusUp anunciou nesta quinta-feira, 11, ter captado uma rodada de investimento série A de 5 milhões de euros liderada pelo fundo mexicano Proeza Ventures e pela americana Autotech Ventures. A empresa, especializada no gerenciamento de ônibus fretados para grandes empresas, vai usar parte do capital para aumentar sua presença no Brasil — o seu maior mercado atualmente.
A startup foi fundada em 2016, em Barcelona, pelos sócios espanhóis Alex Canals, Rui Stoffel e Eva Romagosa e pelo brasileiro Danilo Tamelini. O quarteto percebeu que apesar de haver muita tecnologia para mobilidade urbana, não havia nenhuma empresa olhando para o fretamento de ônibus para empresas e grandes eventos.
Então eles criaram uma plataforma que conecta várias empresas de ônibus e vans com companhias que precisam de veículos para o transporte de seus funcionários. Na Espanha, Brasil, Portugal e Peru já somam mais de 50 clientes, entre eles companhias como Accenture, Siemens, Grupo Big e DHL.
Os contratos incluem um gerenciamento das rotas e custam, em média, de 2 a 2,5 milhões de reais por ano para uma grande companhia. Segundo a empresa, os clientes conseguem reduzir em até 40% os custos com transporte após adotarem sua solução.
Com o aporte de 5 milhões de euros, os planos da BusUp são expandir a atuação nos mercados em que já está, investindo nos times de marketing e vendas, e levar seus serviços para os Estados Unidos e México ainda em 2021. Só no Brasil, serão investidos 10 milhões de reais. Hoje, a companhia tem 16 funcionários no país e projeta terminar o ano com 35.
A empresa, que não divulga seu faturamento, projeta um crescimento de cinco vezes ao longo deste ano, repetindo o patamar alcançado no ano passado. De acordo com Tamelini, a companhia não foi afetada negativamente pela pandemia. Como seus clientes são, na maioria, indústrias e centros de distribuição, continuaram a usar o serviço. Além disso, muitas empresas que não usavam transporte privado precisaram buscar alternativas para evitar que seus funcionários precisassem se aglomerar no transporte público.
O desafio, segundo Tamelini, é acompanhar a evolução do mercado e a reabertura dos escritórios. A empresa aposta que existe um mercado reprimido em regiões comerciais e quer se posicionar para atender as empresas conforme elas forem adotando modelos de trabalho híbrido. “Queremos duplicar nossa carteira de clientes no Brasil e entrar em pelo menos mais cinco estados”, diz o cofundador.