AMG Capital aposta em bônus em troca de bom onboarding de assessores
Escritório de investimentos plugado ao BTG Pactual (do mesmo grupo que publica EXAME) dá uma bonificação a quem indica assessores com alto rendimento para dentro de casa
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2022 às 18h00.
Última atualização em 18 de março de 2022 às 18h01.
A criação de uma política de bonificações aos funcionários costuma estar na lista de prioridades dos empreendedores.
Afinal, pagar um extra a quem faz a diferença no resultado financeiro de um negócio tem o poder de estimular a empresa inteira a replicar comportamentos produtivos ao negócio.
O desafio é montar um esquema meritocrático de fato. Nessas horas, há muitos modelos a serem seguidos.
A trajetória do escritório de investimento AMG Capital, de São Paulo, é um exemplo de quem já conseguiu bons resultados com uma remuneração variável.
Fundado em 2017 e desde dezembro do ano passado plugado no ecossistema de investimentos do banco BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME), o AMG atrelou um bônus ao processo de atração de talentos do mercado.
Funciona assim: os assessores de investimentos do AMG têm como meta monitorar o mercado financeiro em busca de bons profissionais de vendas ou assessoria de investimentos — e podem fazer convites de emprego a quem de fato se encaixa no perfil.
Quando a proposta é fechada, e o novo funcionário começa a trabalhar na AMG, quem convidou fica responsável pelo onboarding dessa pessoa. Mais do que isso: se o novato traz resultados financeiros, não apenas ele ganha bônus.
Quem o indicou também recebe uma bonificação atrelada ao resultado financeiro obtido por quem acabou de chegar. "É um prêmio para todos os envolvidos na formação de equipes produtivas", diz o sócio Guilherme Borin.
Pelas regras estabelecidas ali, no primeiro 1 milhão de reais de negócios fechados pelo novato, quem convidou recebe até 1.500 reais em bônus. A partir daí, o bônus passa a ser 500 reais a cada 1 milhão de reais em vendas feitas por quem acabou de chegar.
"A ideia não era só todo mundo dividir a mesma sala, mas ter um ecossistema completo de suporte a quem está chegando", diz o sócio Thiago Guedes. "Queríamos um clima organizacional diferente do dos escritórios de grande porte."
Ao que tudo indica, a política trouxe resultados bastante palpáveis ao AMG. Só em janeiro, mês de estreia da política, o escritório pagou 300.000 reais em bônus. No período, o número de assessores subiu de 28 para 32.
No comando do escritório estão os sócios Guilherme Borin, Thiago Guedes, Renato Fumagalli, Marcus Vinicius e Fellipe Nogueira, todos com experiência em relacionamento com clientes e experiências profissionais em comum — boa parte deles trabalhou por algum momento na Genial Investimentos antes de empreender.
Com sede na Vila Olímpia, no coração financeiro de São Paulo, o AMG tem unidades em Porto Alegre e em Florianópolis, duas praças com maior volume de recursos para investimentos no Sul do país. Nas próximas semanas, inaugura uma presença no Rio de Janeiro.
No rumo atual de captação de recursos, o escritório deve chegar ao fim de 2022 com um volume de 1 bilhão de reais de clientes sob custódia.