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A importância da gestão de pessoas nas empresas familiares

Especialista afirma que mteritocracia e melhoria contínua são essenciais para a gestão de pessoas e processos com sucesso

Reunião de negócios (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2015 às 09h16.

Meritocracia e melhoria contínua: essenciais para a gestão de pessoas e processos com sucesso
Escrito por Alexandre Rangel, especialista em gestão de pessoas

Existe uma grande diferença entre as ambições dos pequenos e médios empreendedores brasileiros e o que ocorre na prática. Quem abre um negócio pretende que ele tenha sucesso e vida longa. Porém, o que acontece é justamente o contrário. Pesquisas recentes têm mostrado que mais da metade das empresas brasileiras morre muito jovem, com poucos anos de existência. O motivo: falta de planejamento e erros de gestão, principalmente no quesito “pessoas”.

No Brasil, as pequenas e médias empresas são, na maioria, estruturas familiares . Com o passar dos anos e o crescimento do negócio, cria-se uma verdadeira confusão entre as relações profissionais e familiares. Surgem os conflitos, que, quase sempre, culminam com a falência da empresa.

Um bom modelo de gestão , com mais chances de proporcionar sustentação e vida longa ao empreendimento, é aquele baseado em dois princípios: meritocracia (pessoas) e melhoria contínua (processo). Esses termos podem parecer estranhos, quando se pensa em um negócio criado por pais, filhos, genros e noras, mas neles reside a chave para o crescimento sustentável.

O primeiro passo para entender como isso funciona é fazer a distinção entre “empresa familiar” e “família empresária”. Na “empresa familiar”, os membros são vinculados por laços de parentesco e confundem família, empresa e patrimônio. Nesse ambiente, as decisões são quase sempre passionais, pois estão contaminadas por emoções.

A “família empresária” tem em seu núcleo os mesmos membros de uma “empresa familiar”. A diferença está no tipo de vínculo que rege as relações para dentro dos muros da empresa. Em uma “família empresária”, não é o amor fraterno, por exemplo, que determina uma promoção. Ascendem aos cargos mais altos do negócio aqueles que têm o melhor desempenho, ou seja, por puro mérito. Em suma: não contrate quem você não pode demitir.

É muito comum também que pequenos e médios negócios sejam um tanto improvisados. E aí mora um grande perigo. Boas ideias podem ir por água abaixo, por falta de planejamento. Para fugir disso, é útil lançar mão da técnica chamada ciclo PDCA. As letras PDCA vêm do inglês e significam plan (planejar), do (executar), check (checar) e act (agir).

Ou seja, a técnica propõe que os processos da empresa devem ser aperfeiçoados continuamente, na seguinte ordem: planejar, executar o plano, conferir os resultados e corrigir aquilo que for necessário para aperfeiçoar o processo de acordo com o plano inicial. Se aplicado continuamente, o ciclo PDCA garante à empresa a melhoria contínua e a excelência do produto ou serviço que oferece.

Para o negócio crescer e sobreviver por várias gerações, é preciso adotar um modelo de gestão baseado em princípios e técnicas que possam ser seguidos por todos. Só assim ela se libertará da personalidade do seu fundador e das influências familiares, fortalecerá seus controles internos e crescerá com suas próprias pernas.

Alexandre Rangel é sócio da Alliance Coaching.

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Escrito por Alexandre Rangel, especialista em gestão de pessoas

Existe uma grande diferença entre as ambições dos pequenos e médios empreendedores brasileiros e o que ocorre na prática. Quem abre um negócio pretende que ele tenha sucesso e vida longa. Porém, o que acontece é justamente o contrário. Pesquisas recentes têm mostrado que mais da metade das empresas brasileiras morre muito jovem, com poucos anos de existência. O motivo: falta de planejamento e erros de gestão, principalmente no quesito “pessoas”.

No Brasil, as pequenas e médias empresas são, na maioria, estruturas familiares . Com o passar dos anos e o crescimento do negócio, cria-se uma verdadeira confusão entre as relações profissionais e familiares. Surgem os conflitos, que, quase sempre, culminam com a falência da empresa.

Um bom modelo de gestão , com mais chances de proporcionar sustentação e vida longa ao empreendimento, é aquele baseado em dois princípios: meritocracia (pessoas) e melhoria contínua (processo). Esses termos podem parecer estranhos, quando se pensa em um negócio criado por pais, filhos, genros e noras, mas neles reside a chave para o crescimento sustentável.

O primeiro passo para entender como isso funciona é fazer a distinção entre “empresa familiar” e “família empresária”. Na “empresa familiar”, os membros são vinculados por laços de parentesco e confundem família, empresa e patrimônio. Nesse ambiente, as decisões são quase sempre passionais, pois estão contaminadas por emoções.

A “família empresária” tem em seu núcleo os mesmos membros de uma “empresa familiar”. A diferença está no tipo de vínculo que rege as relações para dentro dos muros da empresa. Em uma “família empresária”, não é o amor fraterno, por exemplo, que determina uma promoção. Ascendem aos cargos mais altos do negócio aqueles que têm o melhor desempenho, ou seja, por puro mérito. Em suma: não contrate quem você não pode demitir.

É muito comum também que pequenos e médios negócios sejam um tanto improvisados. E aí mora um grande perigo. Boas ideias podem ir por água abaixo, por falta de planejamento. Para fugir disso, é útil lançar mão da técnica chamada ciclo PDCA. As letras PDCA vêm do inglês e significam plan (planejar), do (executar), check (checar) e act (agir).

Ou seja, a técnica propõe que os processos da empresa devem ser aperfeiçoados continuamente, na seguinte ordem: planejar, executar o plano, conferir os resultados e corrigir aquilo que for necessário para aperfeiçoar o processo de acordo com o plano inicial. Se aplicado continuamente, o ciclo PDCA garante à empresa a melhoria contínua e a excelência do produto ou serviço que oferece.

Para o negócio crescer e sobreviver por várias gerações, é preciso adotar um modelo de gestão baseado em princípios e técnicas que possam ser seguidos por todos. Só assim ela se libertará da personalidade do seu fundador e das influências familiares, fortalecerá seus controles internos e crescerá com suas próprias pernas.

Alexandre Rangel é sócio da Alliance Coaching.

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