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7 sinais para quem quer ter uma ideia de negócio genial

Para se ter uma boa ideia não é preciso ser nenhum gênio, basta estar atento às oportunidades que aparecem no dia a dia. Veja quais são elas:

Trabalho duro (Thinkstock)
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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2016 às 05h00.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h20.

São Paulo - Isaac Newton estava debaixo de uma árvore e teve a sorte de uma maçã cair bem em cima da sua cabeça (pelo menos essa é a história mais contada). Foi o estalo para o cientista descobrir a lei da gravidade.A partir daí, é possível acreditar que, para se ter uma grande ideia, é necessário esperar pelo acaso, certo? Mas será que é isso mesmo?De acordo com o estudo “A Disciplina da Inovação , de Peter F. Drucker da universidade de Harvard , inovar tem muito mais a ver com esforço do que com um talento de pessoas geniais.Muito mais do que contar com a sorte, quem deseja inovar deve apostar no trabalho duro e contar com vários experimentos frustrados pelo caminho, afirma Druker. Isso vale inclusive para Newton (ou você realmente acredita que ele chegou a sua descoberta por outro caminho).Sendo assim, na opinião de Ricardo Britto, diretor da International Business School de São Paulo (IBS-SP), o que mais nos impede de criar coisas novas é a falta de uma cultura de inovação e empreendedorismo."Sabemos que um percentual baixo dentre as ideias se transforma em sucesso. Porém, quando uma pessoa ou departamento sugere inovações que não prosperam, esse insucesso é visto como incapacidade, e não como parte natural do processo", diz o professor, que defende a leitura do artigo de Drucker para quem deseja encontrar saídas incomuns e empreender.

No estudo, o professor de Harvard afirma que existem ao menos sete oportunidades às quais quem deseja inovar deve estar atento. Navegue pelos slides acima e veja a seguir como cada uma dessas oportunidades se apresentam.

  • 2. Inesperado

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  • Veja também

    A primeira dica de Drucker é: encontre oportunidades no inesperado. Certas vezes o mercado reage de forma completamente diferente à que determinada empresa esperava e havia se preparado para encontrar. No entanto, se o empreendedor estiver atento a esses acontecimentos, pode encontrar novas oportunidades e públicos.Um bom exemplo é a IBM que em 1930 desenvolveu uma máquina para bancos, em um momento que esse segmento não tinha condições para adquirir equipamentos novos, ao contrário do que a companhia esperava.O que salvou a empresa foi a venda dessas máquinas para bibliotecas. Ao contrário dos bancos, elas contavam com dinheiro em caixa.

    Anos mais tarde, quando se acreditava que computadores destinavam-se apenas a trabalhos científicos uma empresa chamada Univac desdenhou de encomendas feitas por empresas. Vendo a oportunidade, a IBM saiu na frente ao adaptar os equipamentos a este novo público.

  • 3. Incongruências

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  • Atentar a coisas que parecem fora de lugar é outra estratégia para criar algo inovador. Dessa vez a lição vem da área da saúde .Em 1960 as cirurgias para correção de catarata já eram feitas de forma bem desenvolvida. A única incongruência com o processo moderno era o corte de um ligamento, que parecia grosseiro comparado ao resto do procedimento.Tudo o que Bill Cornner, co-fundador do laboratório Alcon, fez foi desenvolver um modo de conservar uma enzima já conhecida pelos médicos que era capaz de dissolver o ligamento sem cortá-lo.

    Esse conservante criou um dos maiores sucessos da Alcon dos anos 60.

  • 4. Necessidades de processo

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    De acordo com o professor de Harvard, grandes ideias precisam de pequenos ajustes. Por vezes, uma grande inovação só se torna possível quando alguém consegue identificar adaptações necessárias para que ela deslanche.O que chamamos hoje de “ mídia” só teve início pois Ottmar Mergenthaler criou a Linotipo, máquina que possibilitou a produção de jornais em larga escala. Além disso, Adolph Ochs, Joseph Pulitzer e William Randolph Hearst conseguiram encontrar uma forma de vender jornais a um preço baixo, contando com o advento da publicidade .

    Com isso, todo um modelo de negócios se tornou possível graças a duas inovações teoricamente secundárias.

  • 5. Mudanças no mercado e na indústria

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    Outra dica de Drucker para quem quer criar algo novo é se manter atento a mudanças repentinas no mercado ou na indústria. Em 1960, três jovens recém-formados na faculdade perceberam que a indústria financeira estava se modificando, e que os investidores institucionais (empresas que, por determinações governamentais, são obrigadas a investir parte de seu capital no mercado de ações) ganhavam importância.

    Os três amigos fundaram a Donaldson, Lufkin & Jenrette (DL&J) que se tornou líder na intermediação das negociações entre esses investidores e as empresas de capital aberto.

  • 6. Mudanças demográficas

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    Ficar de olho na população do seu país também pode ser uma fonte de inspiração. Perceber se o número de jovens tende a aumentar ou diminuir, se a expectativa de vida tem crescido, ou se as famílias têm mais ou menos filhos pode ser determinante para desenvolver produtos de sucesso, alerta o professor de Harvard. Na década de 1970, no Japão, o governo notou que a oferta de mão de obra na nação tendia a diminuir. De forma certeira, os investimentos foram canalizados para a automatização de processos e a criação de robôs, o que tornou os japoneses líderes no segmento.
  • 7. Mudanças de percepção

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    Pessoas reagem de maneiras inesperadas nas mais diferentes situações. No entanto, se o empreendedor conseguir identificar tendências nessas reações, pode descobrir um novo mercado.Um bom exemplo é o avanço da saúde nos últimos 20 anos. Com isso, muitas pessoas têm se preocupado em viver cada vez mais e melhor, algo que não era comum décadas antes.

    Essa mudança de percepção possibilitou um grande crescimento no ramo de alimentos saudáveis, academias e revistas sobre saúde .

  • 8. Novos conhecimentos

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    Grandes descobertas científicas também geram importantes inovações. No caso do código binário, por exemplo, a inovação foi o computador .O próprio Peter Drucker, no entanto, adverte que esses novos conhecimentos exigem investimento e tempo para se consolidarem.Sobre esse ponto, o diretor da IBS-SP, Ricardo Britto, comenta: "As grandes invenções a que Drucker se refere demandam muitos anos para se tornarem realidade de mercado".

    Britto argumenta que é possível promover mudanças menores e constantes e assim aprimorar produtos e processos."Estas mudanças podem ser feitas com baixo investimento, apresentam retorno rápido e demandam fundamentalmente um olhar apurado do gestor e uma cultura de inovação e empreendedorismo", diz o diretor.

  • 9. Veja agora setores promissores para investir

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