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West Plaza se reestrutura para tentar voltar à briga

Após uma fase de estagnação e perda de lojistas, o shopping está voltando ao jogo e investindo R$ 38 milhões em revitalização

West Plaza: a região ganhou impulso econômico adicional com novos empreendimentos imobiliários comerciais e residenciais (MARIO RODRIGUES)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de março de 2015 às 09h10.

São Paulo - Após uma fase de estagnação e perda de lojistas, o Shopping West Plaza está voltando ao jogo e investindo R$ 38 milhões na revitalização do empreendimento para disputar com o concorrente e vizinho Bourbon Shopping o cobiçado mercado de consumo da zona Oeste de São Paulo.

Mais de 200 mil pessoas que moram nos bairros da Lapa, de Perdizes e da Barra Funda, a área de influência do shopping , gastaram em 2014 quase R$ 9 bilhões, segundo a consultoria especializada em avaliar potencial de consumo IPC Marketing.

Entre 2009 e 2014, enquanto o consumo cresceu 83,2% na cidade de São Paulo, nesses três distritos o aumento foi maior, de 93,4%. O avanço do consumo superior a média da capital foi puxado pelo maior número de domicílios na região.

"Percebemos o grande potencial de consumo do shopping", afirma a superintendente do West Plaza, Bettina Quinteiro. Ela ressalta que a região ganhou impulso econômico adicional com novos empreendimentos imobiliários comerciais e residenciais, além da recente inauguração da arena multiúso Allianz Parque.

Desde 2012, quando a Aliansce, empresa especializada em desenvolver shoppings e dona de 25% do empreendimento, assumiu a administração do West Plaza foram gastos R$ 20 milhões na revitalização do shopping. Até o final deste ano serão aplicados mais R$ 18 milhões.

Os recursos dos sócios do empreendimento, que além da Aliansce (25%) inclui Brookfield (45%) e BTG Pactual (30%), estão sendo aplicados na modernização do shopping e expansão.

O novo West Plaza, que estará concluído até o fim deste ano, terá sete novas salas de cinema da bandeira Cinemark, um teatro, a padaria 24 horas St. Etienne, com acesso pelo boulevard, e até um laboratório de análises clínicas, o Lavoisier, além de uma faculdade com cursos de MBA.

"Muitas lojas que saíram do shopping estão retornando", conta Bettina. Quando assumiu o empreendimento em 2012, a taxa de vacância do shopping beirava 6%, que é um indicador alto. Hoje está em 2%.

"Reestruturamos o mix de lojas de acordo com o público", diz ela. Até o final deste ano, o shopping terá 216 lojas, 46 a mais em relação a três anos atrás.

A executiva ressalta que além reunir o maior número de âncoras, o shopping atraiu novas operações como a The Body Shop, Handbook, Mercatto, Mundo Verde, por exemplo.

Também tem operações específicas de algumas bandeiras, como a Riachuelo Mulher e uma loja da Mr. Kitsch Family, a única nesse formato entre as 80 da marca.

Para Luiz Alberto marinho, sócio-diretor da GS&BW, consultoria especializada em shoppings, o potencial de consumo na região onde está instalado o West Plaza é tão grande que há espaço para dois shoppings.

Essa também é a avaliação de Tiago Torres, presidente da FB4 Brands, dona da marca Mr. Kitsch.

Ele, que em investiu R$ 3 milhões numa loja de 300 metros quadrados no West Plaza, acredita que o shopping não é concorrente do Bourbon.

O West Plaza, na sua avaliação, deve atrair o público das classes B menos e C, enquanto o Bourbon, o das classes B mais e A.

"Os shoppings têm posicionamentos diferentes e são complementares."

Decadência

Inaugurado em 1991, o West Plaza viveu anos de ouro na década de 1990. Mas entrou em decadência no período seguinte por causa desentendimentos entre os sócios iniciais do empreendimento, o Grupo Victor Malzoni e a gestora de fundos Funcesp, do setor de energia elétrica.

As divergências resultaram na paralisação dos investimentos. Ambos deixaram o negócio em 2007.

No ano seguinte, o cenário que já era desfavorável por causa da falta de atualização do shopping piorou com a abertura do Bourbon, do grupo gaúcho Zaffari. Com uma arquitetura moderna, o novo shopping atraiu lojistas do West Plaza.

Agora o concorrente quer dar o troco. Procurada, a direção do Bourbon não se manifestou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Mais de 200 mil pessoas que moram nos bairros da Lapa, de Perdizes e da Barra Funda, a área de influência do shopping , gastaram em 2014 quase R$ 9 bilhões, segundo a consultoria especializada em avaliar potencial de consumo IPC Marketing.

Entre 2009 e 2014, enquanto o consumo cresceu 83,2% na cidade de São Paulo, nesses três distritos o aumento foi maior, de 93,4%. O avanço do consumo superior a média da capital foi puxado pelo maior número de domicílios na região.

"Percebemos o grande potencial de consumo do shopping", afirma a superintendente do West Plaza, Bettina Quinteiro. Ela ressalta que a região ganhou impulso econômico adicional com novos empreendimentos imobiliários comerciais e residenciais, além da recente inauguração da arena multiúso Allianz Parque.

Desde 2012, quando a Aliansce, empresa especializada em desenvolver shoppings e dona de 25% do empreendimento, assumiu a administração do West Plaza foram gastos R$ 20 milhões na revitalização do shopping. Até o final deste ano serão aplicados mais R$ 18 milhões.

Os recursos dos sócios do empreendimento, que além da Aliansce (25%) inclui Brookfield (45%) e BTG Pactual (30%), estão sendo aplicados na modernização do shopping e expansão.

O novo West Plaza, que estará concluído até o fim deste ano, terá sete novas salas de cinema da bandeira Cinemark, um teatro, a padaria 24 horas St. Etienne, com acesso pelo boulevard, e até um laboratório de análises clínicas, o Lavoisier, além de uma faculdade com cursos de MBA.

"Muitas lojas que saíram do shopping estão retornando", conta Bettina. Quando assumiu o empreendimento em 2012, a taxa de vacância do shopping beirava 6%, que é um indicador alto. Hoje está em 2%.

"Reestruturamos o mix de lojas de acordo com o público", diz ela. Até o final deste ano, o shopping terá 216 lojas, 46 a mais em relação a três anos atrás.

A executiva ressalta que além reunir o maior número de âncoras, o shopping atraiu novas operações como a The Body Shop, Handbook, Mercatto, Mundo Verde, por exemplo.

Também tem operações específicas de algumas bandeiras, como a Riachuelo Mulher e uma loja da Mr. Kitsch Family, a única nesse formato entre as 80 da marca.

Para Luiz Alberto marinho, sócio-diretor da GS&BW, consultoria especializada em shoppings, o potencial de consumo na região onde está instalado o West Plaza é tão grande que há espaço para dois shoppings.

Essa também é a avaliação de Tiago Torres, presidente da FB4 Brands, dona da marca Mr. Kitsch.

Ele, que em investiu R$ 3 milhões numa loja de 300 metros quadrados no West Plaza, acredita que o shopping não é concorrente do Bourbon.

O West Plaza, na sua avaliação, deve atrair o público das classes B menos e C, enquanto o Bourbon, o das classes B mais e A.

"Os shoppings têm posicionamentos diferentes e são complementares."

Decadência

Inaugurado em 1991, o West Plaza viveu anos de ouro na década de 1990. Mas entrou em decadência no período seguinte por causa desentendimentos entre os sócios iniciais do empreendimento, o Grupo Victor Malzoni e a gestora de fundos Funcesp, do setor de energia elétrica.

As divergências resultaram na paralisação dos investimentos. Ambos deixaram o negócio em 2007.

No ano seguinte, o cenário que já era desfavorável por causa da falta de atualização do shopping piorou com a abertura do Bourbon, do grupo gaúcho Zaffari. Com uma arquitetura moderna, o novo shopping atraiu lojistas do West Plaza.

Agora o concorrente quer dar o troco. Procurada, a direção do Bourbon não se manifestou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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