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Votorantim Celulose e Papel aumenta meta de vendas para 2006

Reajuste nas previsões foi estimulado por bom desempenho dos mercados de celulose e papel no terceiro trimestre

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

A Votorantim Celulose e Papel (VCP) revisou para cima suas estimativas de vendas para 2006. Agora a companhia prevê uma alta de 11% no volume vendido de celulose e de 12% no total de vendas de papel em relação a 2005.

De acordo com comunicado da VCP, a companhia espera somar vendas de 960 mil toneladas de celulose em todo o ano, frente a uma previsão anterior de 915 mil. Em 2005, o total vendido chegou a 867 toneladas. A revisão para cima da estimativa de vendas foi estimulada pela forte demanda registrada durante o início do terceiro trimestre, "permitindo aumentos do preço de celulose nos meses de julho e agosto, quando as compras são sazonalmente fracas", segundo a VCP.

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O preço da celulose de eucalipto foi reajustado em 20 dólares por tonelada nos mercados americano, europeu e asiático entre julho e agosto de 2006. Com isso, a Europa hoje compra o produto a 660 dólares, enquanto os Estados Unidos pagam 695 dólares e a Ásia, 630 dólares. "Há perspectiva de novo aumento de preço para fibra curta até o final do ano, considerando o aumento da fibra longa em implementação no mês de setembro", afirma a VCP. "Nossas expectativas para o ano de 2006 de preços internacionais de celulose de eucalipto foram revistas para um patamar 10% superior à média do ano de 2005."

A nota também justifica que a revisão para cima das vendas ocorreu "em função dos volumes adicionais de Ripasa". O controle da Ripasa foi assumido em 1º de abril de 2005 pela VCP e pela Suzano Bahia Sul Papel e Celulose. Para 2007, a meta da VCP é vender 1,1 milhão de toneladas de celulose.

Papel

No mercado de papel, o bom desempenho do setor no primeiro semestre, que refletiu o maior nível de atividade econômica, queda da taxa de juros e crescimento do mercado promocional com a Copa do Mundo e as eleições, a VCP elevou de 640 mil para 700 mil toneladas a expectativa de vendas para 2006 - no ano passado, o volume vendido totalizou 625 mil toneladas.

"Mantemos nossa expectativa em alcançar 75% da participação em volume das vendas locais no ano de 2006, bem superior aos 68% em 2005", diz a VCP no comunicado. Ao contrário da celulose, o mercado de papel não ofereceu espaços para reajuste de preços, segundo a companhia, devido à forte competição e à queda do câmbio.

Nesta semana, a VCP anunciou que dará maior atenção ao mercado de celulose do que ao de papel daqui para a frente. Em uma troca de ativos bilionária com a International Paper, a VCP entregará a americana uma fábrica de papel no interior paulista e receberá uma planta, ainda em construção, de uma unidade de produção de celulose no Mato Grosso do Sul. Segundo a VCP, as vendas de papel não "criam valor", por conta de entraves como tributos excessivos, câmbio baixo e problemas logísticos.

O comunicado da companhia trouxe ainda a estimativa de investimento da companhia em 2006, um total de 535 milhões de reais.

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