Volks é investigada por tortura durante a ditadura no Brasil
A empresa teria torturado 12 ex-funcionários dentro de sua fábrica, em São Bernardo do Campo, segundo denúncia da CNV e sindicatos
Tatiana Vaz
Publicado em 23 de setembro de 2015 às 12h13.
São Paulo – A semana não está sendo nada fácil para a montadora alemã Volkswagen .
Dias depois dela ter se tornado alvo de investigação do governo americano sob suspeita de ter fraudado testes de emissões de poluentes em 11 milhões de carros, a companhia foi denunciada no Brasil por crimes da ditadura .
A empresa teria torturado 12 ex-funcionários dentro de sua fábrica, em São Bernardo do Campo, e perseguido outros vários durante o período (1964-1985).
O inquérito de investigação foi aberto ontem pelo Ministério Público Federal a pedido de sindicatos e da Comissão Nacional da Verdade.
A representação protocolada no MPF averiguará a responsabilidade da Volkswagen sobre os possíveis atos, que "configuram crimes contra a humanidade". A ação judicial foi baseada em documentos e relatos colhidos pela CNV.
O relatório final da Comissão, divulgado em dezembro, afirmava que algumas empresas alemãs, incluindo a montadora, haviam contribuído com o governo por volta de 1972.
De acordo com o documento, a companhia era umas das que contava com um aparato repressivo militar-empresarial para monitorar funcionários, repassar informações e denunciá-los ao Departamento de Ordem Política e Social (Dops).
São Paulo – A semana não está sendo nada fácil para a montadora alemã Volkswagen .
Dias depois dela ter se tornado alvo de investigação do governo americano sob suspeita de ter fraudado testes de emissões de poluentes em 11 milhões de carros, a companhia foi denunciada no Brasil por crimes da ditadura .
A empresa teria torturado 12 ex-funcionários dentro de sua fábrica, em São Bernardo do Campo, e perseguido outros vários durante o período (1964-1985).
O inquérito de investigação foi aberto ontem pelo Ministério Público Federal a pedido de sindicatos e da Comissão Nacional da Verdade.
A representação protocolada no MPF averiguará a responsabilidade da Volkswagen sobre os possíveis atos, que "configuram crimes contra a humanidade". A ação judicial foi baseada em documentos e relatos colhidos pela CNV.
O relatório final da Comissão, divulgado em dezembro, afirmava que algumas empresas alemãs, incluindo a montadora, haviam contribuído com o governo por volta de 1972.
De acordo com o documento, a companhia era umas das que contava com um aparato repressivo militar-empresarial para monitorar funcionários, repassar informações e denunciá-los ao Departamento de Ordem Política e Social (Dops).