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Vicente Falconi fala sobre gestão em um mundo que muda rápido

Segundo o consultor, a saída para enfrentar um mundo cada vez mais imprevisível é que a empresa como um todo busque por conhecimento

Vicente Falconi: encarar um mundo desconhecido causa medo e, consequentemente, resistência às mudanças (Antonio Milena/Exame)
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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2017 às 13h33.

Última atualização em 21 de março de 2017 às 15h15.

São Paulo - Fazer gestão hoje depende de estar preparado para encarar cada vez mais situações desconhecidas, que devem ser enfrentadas com  conhecimento,  e  os modelos de aprendizado existentes não estão adaptados para o mundo atual.  As conclusões são do consultor Vicente Falconi , durante sua palestra A Gestão no Ambiente de Transformação Acelerada – Como estimular a inovação no fórum A Revolução do Novo .

O evento, que acontece nesta terça-feira em São Paulo, é realizado por VEJA e EXAME em parceria com a Coca-Cola Brasil. É o segundo de uma série que aborda como as mudanças tecnológicas, políticas, sociais e nos negócios afetam as pessoas, as empresas e o mundo.

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Para Falconi, o que motiva a inovação é atender às necessidades de quem a empresa serve, e o desafio é grande em um mundo cada vez mais acelerado. “Antes, o dia seguinte era previsível. Hoje, a gente liga a televisão e já aconteceram mil e uma coisas”, exemplifica.

Como o objetivo da gestão é gerar resultados, o desafio de fazer as melhorias diante de um cenário desconhecido causa medo e, consequentemente,  a resistência de líderes e equipes em aceitar mudanças na forma de agir. A saída é criar uma cultura de busca pelo conhecimento que envolva a empresa inteira. “O conhecimento está espalhado, se dá através de muitas formas. Muitas vezes, o conhecimento numa empresa é descobrir que um equipamento está fora de prumo”, explica.

O desafio nessa missão, diante das mudanças cada vez mais frequentes, é que o modelo de educação existente é baseado no conhecimento sobre o passado que servia a uma outra realidade. “Todo sistema educacional mundial foi feito para o mundo lento. Servia para 95 anos, porque o mundo era mais previsível”, diz Falconi.

A saída, segundo o consultor, é criar uma cultura, tanto em empresas quanto em escolas, de resolução de problemas. A mudança da forma de encarar o dia a dia, que deve começar com o líder máximo. “Começar a criar, pouco a pouco, uma cultura de enfrentamento dos fatos, sair de uma cultura de medo”, afirma.

O encontro A Revolução do Novo traz uma série de palestras e debates. Também participaram do evento Fernando Reinach,  biólogo e empreendedor,  Romero Rodrigues, fundador do Buscapé, Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank, Paula Bellizia, presidente da Microsoft Brasil, Guilherme Leal, copresidente do Conselho de Administração da Natura, Roberto Waack, presidente da Fundação Renova  e Flavia Neves, gerente de sustentabilidade da Coca-Cola.

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