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Via Uno pode ser vendida por apenas R$ 1

Companhia de calçados enfrenta processo de recuperação judicial há mais de um ano

Via Uno: companhia está à procura de um comprador (MIRIAN FICHTNER/PLUF FOTOGRAFIAS)

Daniela Barbosa

Publicado em 6 de outubro de 2014 às 09h41.

São Paulo - A Via Uno, fabricante de calçados gaúcha, pode ser vendida pelo valor simbólico de apenas 1 real.

Segundo reportagem do Valor Econômico, desta segunda-feira, a companhia está procurando um comprador que possa assumir suas dívidas que somam 240 milhões de reais.

No mês passado, a Via Uno fechou sua fábrica na Bahia. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Calçadista (Sintracal).

A unidade era a única da marca de calçados ainda em operação no país. Em setembro de 2013, a companhia gaúcha deu entrada ao pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

Antes disso, no entanto,  a Via Uno já vinha dando sinais de que as operações não estavam bem. Diversas lojas da rede fecharam suas portas em 2012, antes mesmo da temporada de compras de fim de ano.

Há mais de 20 anos operando no mercado, a marca até o final dos anos 90 operava somente no varejo multimarcas. No início dos anos 2000, a Via Uno deu início ao seu plano de expansão por meio de franquias e mais de 200 unidades foram abertas em diversas partes do país.

A estratégia, no entanto, fracassou, pois a ideia era concorrer no mercado com marcas como Arezzo, consolidada neste setor há muito tempo.

Em janeiro deste ano, a Blockbuster da Inglaterra decretou falência por lá. Dois meses depois, no entanto, a companhia encontrou um comprador para suas operações.  No final de março, o fundo de private equity Gordon Brothers Europe anunciou que concordou em fechar negócio com a companhia americana. O acordo permitiu salvar mais de 260 lojas que a empresa possui no país e preservar cerca de 2.000 empregos.


  • 2. LBR

    2 /9(Alexandre Battibugli/EXAME)

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    A Lácteos Brasil (LBR), joint venture criada  para tentar consolidar diversas empresas do segmento de lácteos no país, entrou com pedido de recuperação judicial em fevereir o. Segundo comunicado, a administração da companhia propôs um amplo plano de reestruturação, com o objetivo de ampliar a rentabilidade do negócio. A LBR é dona da marca Parmalat.
  • 3. Joalheria Natan

    3 /9(RAUL JUNIOR)

  • No começo do mês, foi decretada a falência da joalheria carioca Natan.

    Criada há quase 40 anos, a rede chegou a ter onze lojas em vários estados, mas já havia fechado todas e demitido os funcionários.

    No ano passado, a empresa havia feito um pedido de recuperação judicial para organizar o caixa e negociar as dívidas.
  • 4. Imcopa

    4 /9(REUTERS/Enrique Marcarian)

    A Imcopa, processadora de soja do estado Paraná, anunciou no início do ano pedido de recuperação judicial como forma de conseguir solucionar seu endividamento junto a bancos. Por meio de comunicado, a empresa afirmou que o pedido foi feito como forma de conseguir uma "solução final da estabilização de seu endividamento" e para obter uma "harmonização" de seu relacionamento com o sistema financeiro.

  • 5. Refinaria Manguinhos

    5 /9(Divulgação)

    Também em janeiro, a refinaria Manguinhos entrou com pedido de recuperação judicial, com o objetivo de viabilizar o pagamento de passivo causado pela desapropriação do imóvel onde está localizada, pela política de subsídios à gasolina, e pela alta dos insumos devido ao câmbio. Segundo a companhia, um plano de pagamento será apresentado aos credores. O início da crise da refinaria se deu em outubro passado, quando o governo do Estado do Rio de Janeiro publicou decreto de desapropriação do imóvel para construir na área um projeto habitacional para a população de baixa renda.


  • 6. Atari

    6 /9(Phil McCarten/Reuters)

    A produtora de videogames Atari S/A fez pedido de proteção judicial contra credores em Paris e Nova York após não encontrar sucessor para o BlueBay, o principal acionista e financiador da companhia, em meio a difíceis condições de mercados.

    O plano de operações para os Estados Unidos inclui a separação da unidade de sua controladora francesa para buscar capital de forma independente para crescer nos mercados de jogos digitais e para dispositivos móveis, informou a Atari Inc.

    A estratégia de negócios para os Estados Unidos inclui venda ou reestruturação de todos ou a maior parte dos ativos da empresa nos próximos três a quatro meses e buscar 5,25 milhões de dólares em financiamento da Tenor Capital, acrescentou a Atari Inc.

  • 7. H-Buster

    7 /9(Divulgação)

    Em março, a H-Buster, fabricante de televisores, notebooks e aparelhos de som automotivo, entrou com pedido de recuperação judicial. A companhia tem dívida avaliada em 500 milhões de reais.  A empresa tem uma fábrica em Manaus, onde são produzidos os televisores e notebooks, e outra em Cotia, que concentra a fabricação de aparelhos de som automotivo.
  • 8. TimeGate

    8 /9(João Paulo / Stock Xchng)

    O estúdio de games TimeGate decretou falência neste mês, após demitir seus funcionários.

    A companhia é responsável pela criação do jogo Aliens: Colonial Marines e tem dívidas que ultrapassam a cifra de 50 milhões de dólares.
  • 9. Agora, veja 36 empresas que terão um novo comando daqui pra frente

    9 /9(Mario Tama/Getty Images)

  • Acompanhe tudo sobre:CalçadosRecuperações judiciais

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