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Vale quer reajustar preço do minério de ferro em 12,6%

São Paulo, 17 de abril (Portal EXAME) A Vale do Rio Doce quer aumentar o preço do minério de ferro em 12,6%. A proposta de reajuste foi encaminhada ontem aos principais clientes no exterior. A empresa exporta cerca de 85% do que produz. Entre os principais compradores estão países da Europa e da Ásia, com […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

São Paulo, 17 de abril (Portal EXAME) A Vale do Rio Doce quer aumentar o preço do minério de ferro em 12,6%. A proposta de reajuste foi encaminhada ontem aos principais clientes no exterior. A empresa exporta cerca de 85% do que produz. Entre os principais compradores estão países da Europa e da Ásia, com destaque para a China.

O presidente da empresa, Roger Agnelli, classificou o aumento como realista . Segundo ele, no ano passado a companhia teve de baixar seus preços em 2,5%, devido à queda na demanda do mercado. Agora, o setor siderúrgico voltou a crescer, e hoje a empresa trabalha com sua capacidade total, praticamente sem estoques. Em março, a produção do complexo de Carajás (PA), fundado em 1979, bateu o recorde histórico, atingindo 5,2 milhões de toneladas.

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A demanda pelo produto tem sido puxada principalmente pela China, que, no ano passado, na contra-mão da maioria dos países, apresentou crescimento de 7% e espera uma alta de 8% do PIB neste ano. No primeiro bimestre, a produção industrial chinesa cresceu 17,5% em relação a 2002.

As negociações com os clientes da Vale, porém, não têm prazo para ser concluídas. A discussão com relação ao preço do minério de ferro, uma commodity internacional, geralmente tem início entre novembro e dezembro e se estende até março. Neste ano, ela tem se arrastado um pouco além, por resistência dos compradores quanto ao aumento de preço.

Logística

A Vale e a CSN estão finalizando o descruzamento de suas ações na área de logística. A CSN vai passar para a Vale os 11,95% de participação na Ferrovia Centro Atlântica SA (FCA). Em contrapartida, a Vale vai entregar à CSN sua participação na Sepetiba Tecon SA, empresa que explora um terminal de contêineres no Porto de Sepetiba, Rio de Janeiro. Também vai transferir para a CSN e a Taquari Participações a parte que possui na Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN). Para ficar com 100% da FCA, a Vale vai ainda desembolsar R$ 20 milhões.

A FCA, segundo documento divulgado pela própria Vale, é um dos principais ativos de logística da empresa, negócio que se constitui numa das alavancas de crescimento e geração de valor da companhia . A ferrovia tem 7.080 quilômetros de extensão e corta sete Estados brasileiros: Bahia, Sergipe, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal. Ela se liga também a outras quatro ferrovias e vários portos e terminais marítimos.

Ainda como parte do descruzamento desses ativos de logística, a Vale firmou acordo que lhe permite movimentar pelo terminal de contêineres número 1 do Porto Sepetiba, agora entregue à CSN, seus produtos pelos próximos dez anos, renováveis por outros dez anos. Em 2002, a receita bruta da Vale com a venda de serviços de logística somou 1,46 bilhão de reais e gerou lucro (Ebitda) de 398 milhões de reais.

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