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Vale manifesta preocupação por risco político na Argentina

Ferreira afirmou que o fator político é um elemento de grande preocupação, mas não o único, em relação ao projeto Rio Colorado, que desenvolve na província de Mendoza

Murilo Ferreira: ''Já estávamos fazendo uma verificação (da rentabilidade da mina) pela potencial explosão da inflação prevista por analistas, quando aconteceu este evento'' (Divulgação/Vale)

Murilo Ferreira: ''Já estávamos fazendo uma verificação (da rentabilidade da mina) pela potencial explosão da inflação prevista por analistas, quando aconteceu este evento'' (Divulgação/Vale)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2012 às 19h12.

Rio de Janeiro - O presidente da mineradora Vale, Murilo Ferreira, que possui um projeto para exploração de potássio na Argentina, disse nesta quinta-feira que se preocupa com o risco político no país, por causa da desapropriação da companhia petrolífera YPF.

Ferreira afirmou em teleconferência com jornalistas que o fator político é um elemento de grande preocupação, mas não o único, em relação ao projeto Rio Colorado, que desenvolve na província de Mendoza.

''Já estávamos fazendo uma verificação (da rentabilidade da mina) pela potencial explosão da inflação prevista por analistas, quando aconteceu este evento político'', disse o responsável da companhia.

Ferreira rejeitou avaliar que recomendação fará ao conselho de acionistas sobre a viabilidade do projeto, e não revelou se a empresa poderia abandoná-lo.

O projeto de Rio Colorado contempla investimentos de US$ 5,915 bilhões, que incluem o desenvolvimento de uma mina de potássio, a construção de um porto em Bahía Blanca, uma usina elétrica e a gestão de um lance de 756 quilômetros de ferrovia para sua conexão logística.

As reservas de potássio desta mina chegam a 430 milhões de toneladas e a capacidade de produção poderia ser de até 4,35 milhões de toneladas, segundo cálculos da empresa.

A Vale investiu até o final de março US$ 1,1 bilhão no projeto, que segundo seus planos deveria começar a operar no segundo semestre de 2014.

O governo da presidente Cristina Kirchner anunciou a desapropriação de 51% das ações que a companhia espanhola Repsol tinha na YPF, o que gerou uma onda de críticas de vários países e represálias por parte da Espanha. 

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