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Vale lançará R$ 5 bi em debêntures para financiar compra da Inco

Pedido foi apresentado nesta sexta-feira (27/10) à Comissão de Valores Mobiliários

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

A Companhia Vale do Rio Doce registrou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), nesta sexta-feira (27/10), um pedido de emissão de debêntures simples, no valor de 5 bilhões de reais. De acordo com a empresa, os recursos serão usados no refinanciamento do empréstimo-ponte utilizado para a compra da mineradora canadense Inco. O líder da operação é o Banco Santander Banespa. Serão lançados 500 000 papéis com valor nominal de 10 000 reais cada.

Esta foi a segunda medida anunciada pela Vale, nesta semana, com o objetivo de reduzir o endividamento decorrente da transação. Ontem, a empresa comunicou que utilizará 2 bilhões de dólares de recursos próprios para pagar parte do negócio, que pode alcançar 17,6 bilhões de dólares, caso a mineradora brasileira adquira 100% do capital da Inco. Nesta terça-feira (24/10), a Vale comunicou oficialmente a compra de 75,66% das ações da canadense por 13,3 bilhões de dólares. O prazo para a adesão dos demais acionistas foi prorrogado para o dia 3 de novembro.

A Vale não forneceu detalhes da emissão de debêntures, como prazo de vencimento ou remuneração dos papéis. Em nota à imprensa, a empresa informou que "o refinanciamento do empréstimo-ponte tem como objetivos a preservação da vida média da dívida da companhia em nível próximo ao registrado antes da aquisição". No final de junho, a relação entre a dívida total e a geração de caixa da empresa era de 0,9. Os analistas estimam que a transação elevará o indicador para próximo de 2.

O empréstimo-ponte foi concedido por 37 bancos brasileiros e estrangeiros. O total de crédito à disposição da empresa é de 34 bilhões de dólares. Esse contrato tem custo de juros Libor (taxa básica do Reino Unido), mas 40 pontos-base, durante o primeiro ano, e de Libor mais 60 pontos-base no segundo, quando vence o financiamento.

Ao câmbio desta sexta-feira, a emissão de debêntures equivale a cerca de 2,343 bilhões de dólares. Descontados também os 2 bilhões que a empresa sacará do próprio caixa, ainda restam cerca de 13,3 bilhões de dólares a serem refinanciados. Esse valor considera a aquisição total da Inco.

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