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US$ 140 bi em dívidas: o gás das fusões do setor químico

Estudo da consultoria A.T. Kearney mostra que renegociação de dívidas levará a onda de fusões e aquisições nos próximos cinco anos

Indústria química: necessidade de quitar dívidas deve levar a onda de aquisições (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2013 às 06h00.

São Paulo – Há muitos fatores que podem detonar uma onda de fusões e aquisições em um setor. No caso da indústria química mundial, esse combustível é uma dívida total de 140 bilhões de dólares, que precisa ser paga nos próximos cinco anos, por 27 das maiores empresas do mundo.

O pico dos vencimentos ocorrerá em 2016, quando vencerão 33 bilhões de dólares em obrigações dessas empresas, cujo faturamento anual está acima do 1 bilhão de dólares. De acordo com estudo da consultoria A.T. Kearney, no total, 200 empresas públicas e privadas do setor químico mundial possuem uma dívida de 380 bilhões de dólares.

“Depois de 2018, o setor químico mundial não será mais o mesmo”, afirma Edson Bouer, diretor de prática e energia e indústrias de processos da A.T. Kearney e presidente da Associação Brasileira de Engenharia Química (Abeq).

Caixa

A consolidação deve ocorrer, segundo o estudo, porque a necessidade de pagar as dívidas deve acarretar a venda de ativos para levantar dinheiro. Em linhas gerais, o que poderá ser visto são as empresas americanas e europeias na ponta vendedora, e as asiáticas e do Oriente Médio na ponta compradora.

O reflexo no Brasil, segundo Bouer, poderá ser sentido de dois modos. O primeiro é a eventual união de ativos como resultado de uma transação anunciada no exterior. Ou seja, empresas estrangeiras que se juntem lá fora e, por operarem também plantas no Brasil, acabem juntando as atividades aqui também.

O segundo reflexo poderia ser uma janela para empresas brasileiras encontrarem bons ativos no exterior. “As empresas brasileiras de maior porte poderão participar desse processo”, diz Bouer.

Outro impulso para as fusões e aquisições virá dos investimentos esperados nos Estados Unidos para o gás de xisto. Segundo a A.T. Kearney, “o gás de xisto dos Estados Unidos deve reduzir as margens e forçar a consolidação do mercado, conforme as empresas lutam para honrar suas dívidas.”

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São Paulo – Há muitos fatores que podem detonar uma onda de fusões e aquisições em um setor. No caso da indústria química mundial, esse combustível é uma dívida total de 140 bilhões de dólares, que precisa ser paga nos próximos cinco anos, por 27 das maiores empresas do mundo.

O pico dos vencimentos ocorrerá em 2016, quando vencerão 33 bilhões de dólares em obrigações dessas empresas, cujo faturamento anual está acima do 1 bilhão de dólares. De acordo com estudo da consultoria A.T. Kearney, no total, 200 empresas públicas e privadas do setor químico mundial possuem uma dívida de 380 bilhões de dólares.

“Depois de 2018, o setor químico mundial não será mais o mesmo”, afirma Edson Bouer, diretor de prática e energia e indústrias de processos da A.T. Kearney e presidente da Associação Brasileira de Engenharia Química (Abeq).

Caixa

A consolidação deve ocorrer, segundo o estudo, porque a necessidade de pagar as dívidas deve acarretar a venda de ativos para levantar dinheiro. Em linhas gerais, o que poderá ser visto são as empresas americanas e europeias na ponta vendedora, e as asiáticas e do Oriente Médio na ponta compradora.

O reflexo no Brasil, segundo Bouer, poderá ser sentido de dois modos. O primeiro é a eventual união de ativos como resultado de uma transação anunciada no exterior. Ou seja, empresas estrangeiras que se juntem lá fora e, por operarem também plantas no Brasil, acabem juntando as atividades aqui também.

O segundo reflexo poderia ser uma janela para empresas brasileiras encontrarem bons ativos no exterior. “As empresas brasileiras de maior porte poderão participar desse processo”, diz Bouer.

Outro impulso para as fusões e aquisições virá dos investimentos esperados nos Estados Unidos para o gás de xisto. Segundo a A.T. Kearney, “o gás de xisto dos Estados Unidos deve reduzir as margens e forçar a consolidação do mercado, conforme as empresas lutam para honrar suas dívidas.”

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