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Trump nega ter cedido perante China ao pedir revisão de sanção a ZTE

Trump negou ter cedido às reivindicações da China ao pedir a revisão das sanções da empresa ZTE e disse que questão que afeta o acordo comercial bilateral

Trump: A ZTE é uma das maiores fabricantes de aparelhos de telefone celular da China (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: A ZTE é uma das maiores fabricantes de aparelhos de telefone celular da China (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de maio de 2018 às 15h46.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta quarta-feira ter "cedido" às reivindicações da China com o seu pedido de revisar a proibição de negócios da empresa ZTE nos Estados Unidos e garantiu que se trata de uma questão que afeta o "grande acordo comercial" bilateral.

"O 'Washington Post' e a 'CNN' têm tipicamente escrito histórias falsas sobre as nossas negociações comerciais com a China. Nada aconteceu com ZTE, exceto como ela pertence ao grande acordo de comércio. Nosso país tem perdido centenas de bilhões de dólares por ano com a China...", começou o presidente americano em uma série de mensagens no Twitter.

Ele ressaltou que ninguém "cedeu", como a "mídia ia adorar que as pessoas acreditasse" e disse que os encontros com a China ainda não começaram.

"Os Estados Unidos têm muito pouco a dar, já que deu muito ao longo dos anos. A China é quem tem que dar", declarou.

O vice-primeiro-ministro Liu He, principal assessor econômico do presidente da China, Xi Jinping, está na capital americana para encontros na Casa Branca e no Departamento de Tesouro em um momento de tensões comerciais entre os Executivos em Washington e Pequim, com a ameaça da imposição de tarifas multimilionárias mutuamente.

Com as mensagens de hoje, Trump tentava diminuir a polêmica causada por um surpreendente tweet de domingo passado, quando afirmou que tinha falado com o presidente da China para conseguir que a ZTE pudesse voltar "a fazer negócios" nos Estados Unidos e lamentava a perda de postos de trabalho China. A ZTE é uma das maiores fabricantes de aparelhos de telefone celular da China.

No dia 16 de abril, o Departamento de Comércio americano anunciou a proibição a todas as companhias nacionais de vender peças a ZTE até 2025, alegando que a empresa não tinha cumprido o acordo fechado no ano passado quando foi descobert que ela tinha exportado produtos para Irã e Coreia do Norte.

Ficou acertado que a companhia chinesa pagaria uma multa de US$ 1,19 bilhão ao governo americano e empreenderia medidas como demissão ou punição aos executivos que tinham violado a regra. Segundo os Estados Unidos, essas ações não foram realizadas, por isso as operações da ZTE nos Estados Unidos ficaram restritas.

Por outro lado, também despertou suspeitas que as declarações de Trump coincidam com o início de um multimilionário projeto de uma empresa chinesa de construir um parque temático na Indonésia, que inclui um hotel da Organização Trump, empresa gerenciada atualmente pelos dois filhos do presidente, Eric e Donald Jr.

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