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Troca com troco volta a ser adotada na venda de carros

Com a medida, as concessionárias esperam desovar os estoques

Carros em concessionária: a promoção começou na quinta-feira e termina nesta segunda-feira (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de março de 2014 às 09h18.

São Paulo - A velha prática de "troca com troco" voltou a ser adotada por algumas concessionárias de veículos em São Paulo para desovar os estoques.

Nessa modalidade de venda, comum no período de boom de consumo que houve no passado recente, o cliente dava o veículo usado como pagamento, que era considerado parte da entrada, e ainda saía com dinheiro no bolso, financiando o restante do valor do carro.

Foi atraído por essa facilidade que o corretor de imóveis Michel Elias Correa Ribeiro, de 31 anos, casado e pai de um filho, comprou um Chevrolet Onix zero quilômetro, motor 1.0 completo, com ar condicionado, direção hidráulica e freio ABS na semana passada por R$ 35.990 na concessionária Palazzo.

Pelo fato de estar com um volume de estoques dez dias acima do normal, a revenda decidiu retomar a velha tática do passado, mas para um período curto de tempo. A promoção começou na quinta-feira e termina nesta segunda-feira, 17.

"Fui atraído pela troca com troco. Precisava do dinheiro para quitar pendências do cheque especial e despesas de início de ano", informa o corretor. Pelo seu Corolla 2009, com 79 mil quilômetros rodados, a concessionária pagou R$ 40 mil.

Desse total, R$ 18 mil ficaram como entrada e R$ 22 mil foram diretamente para a conta corrente do corretor. O saldo de R$ 17.990 foi parcelado em 24 meses, sem juros.


Cautela

A compra do carro zero nessa modalidade de pagamento foi considerada um bom negócio por Ribeiro, que estava pagando R$ 700 por mês só de juros no cheque especial e agora vai poder quitar a dívida. No ano passado, ele se endividou além da conta e chegou a atrasar alguns pagamentos.

Os planos do corretor de imóveis para este ano são mais cautelosos. Como na sua profissão ele não dispõe de um salário fixo e consegue receber uma boa quantia apenas quando fecha uma venda, pretende se endividar menos. "De prestação vou manter apenas a do carro e a da casa", planeja.

Essa modalidade de vendas deu um alívio para as finanças do corretor e também para os estoques da concessionária. Segundo o diretor comercial da revenda, Wilson Goes, em apenas dois dias de promoção a Palazzo conseguiu dobrar o número de veículos vendidos em relação a um dia normal.

Quanto ao risco maior de inadimplência proporcionado pela volta da modalidade conhecida como troca com troco, o diretor comercial explica que a chance é menor porque, ao contrário do passado, hoje o prazo de financiamento é menor do que há dois ou três anos e há exigência de entrada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - A velha prática de "troca com troco" voltou a ser adotada por algumas concessionárias de veículos em São Paulo para desovar os estoques.

Nessa modalidade de venda, comum no período de boom de consumo que houve no passado recente, o cliente dava o veículo usado como pagamento, que era considerado parte da entrada, e ainda saía com dinheiro no bolso, financiando o restante do valor do carro.

Foi atraído por essa facilidade que o corretor de imóveis Michel Elias Correa Ribeiro, de 31 anos, casado e pai de um filho, comprou um Chevrolet Onix zero quilômetro, motor 1.0 completo, com ar condicionado, direção hidráulica e freio ABS na semana passada por R$ 35.990 na concessionária Palazzo.

Pelo fato de estar com um volume de estoques dez dias acima do normal, a revenda decidiu retomar a velha tática do passado, mas para um período curto de tempo. A promoção começou na quinta-feira e termina nesta segunda-feira, 17.

"Fui atraído pela troca com troco. Precisava do dinheiro para quitar pendências do cheque especial e despesas de início de ano", informa o corretor. Pelo seu Corolla 2009, com 79 mil quilômetros rodados, a concessionária pagou R$ 40 mil.

Desse total, R$ 18 mil ficaram como entrada e R$ 22 mil foram diretamente para a conta corrente do corretor. O saldo de R$ 17.990 foi parcelado em 24 meses, sem juros.


Cautela

A compra do carro zero nessa modalidade de pagamento foi considerada um bom negócio por Ribeiro, que estava pagando R$ 700 por mês só de juros no cheque especial e agora vai poder quitar a dívida. No ano passado, ele se endividou além da conta e chegou a atrasar alguns pagamentos.

Os planos do corretor de imóveis para este ano são mais cautelosos. Como na sua profissão ele não dispõe de um salário fixo e consegue receber uma boa quantia apenas quando fecha uma venda, pretende se endividar menos. "De prestação vou manter apenas a do carro e a da casa", planeja.

Essa modalidade de vendas deu um alívio para as finanças do corretor e também para os estoques da concessionária. Segundo o diretor comercial da revenda, Wilson Goes, em apenas dois dias de promoção a Palazzo conseguiu dobrar o número de veículos vendidos em relação a um dia normal.

Quanto ao risco maior de inadimplência proporcionado pela volta da modalidade conhecida como troca com troco, o diretor comercial explica que a chance é menor porque, ao contrário do passado, hoje o prazo de financiamento é menor do que há dois ou três anos e há exigência de entrada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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