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Testosterona explica a predominância dos homens no mercado financeiro, diz pesquisa

Além de regular as glândulas reprodutoras do homem, o hormônio controla o apetite para o risco

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A predominância do sexo masculino no mercado financeiro é indiscutível. Há quem diga que isso é uma questão de discriminação, mas não é o que aponta uma pesquisa recém-publicada pela revista científica da Academia Nacional de Ciências dos EUA, de autoria de Paola Sapienza, da universidade americana Northwestern.

O estudou sugere que o hormônio testosterona, produzido tanto nos homens quanto nas mulheres, além de regular o funcionamento das glândulas reprodutivas também controla o apetite para o risco.

No entanto, apesar de ser encontrado em ambos os sexos, em média, o organismo do homem produz cerca de vinte a trinta vezes mais a quantidade de testosterona que o organismo da mulher.

Segundo a reportagem da revista Economist, pode estar aí o motivo do baixo índice de mulheres que atuam no mercado financeiro.

Para comprovar sua tese, os pesquisadores realizaram experiências com um grupo de estudantes de administração (MBA) em uma universidade de Chicago. Os alunos fizeram alguns testes hipotéticos de investimentos – sendo que em alguns casos foram efetuados pagamentos em dinheiro para tornar o experimento mais real.

Após as experiências e as medições dos níveis de testosterona, o resultado comprovou o que os investigadores suspeitavam. As mulheres e os homens com o mesmo nível de testosterona durante o experimento tiveram as mesmas preferências de risco.

Em outras palavras, as mulheres que tinham mais testosterona escolheram as situações menos confortáveis quando comparadas às mulheres com níveis inferiores do hormônio.

O estudo prosseguiu após a graduação dos estudantes e constatou que aqueles que apresentaram níveis maiores de testosterona optaram por seguir carreira na área de finanças.
Dessa forma, o estudo coloca em xeque as discussões meramente sociais sobre o assunto e acrescenta a questão fisiológica.
 

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