Negócios

Telefônica teme impacto da Telebrás em investimentos

Rio de Janeiro - A reativação da Telebrás decidida pelo governo, para ampliar os serviços de banda larga no País, pode reduzir o volume de investimentos programado para o setor privado em telecomunicações, que neste ano é de R$ 17 bilhões. O alerta foi feito hoje pela diretora de Relações Institucionais e Desenvolvimento de Negócios […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Rio de Janeiro - A reativação da Telebrás decidida pelo governo, para ampliar os serviços de banda larga no País, pode reduzir o volume de investimentos programado para o setor privado em telecomunicações, que neste ano é de R$ 17 bilhões. O alerta foi feito hoje pela diretora de Relações Institucionais e Desenvolvimento de Negócios da Telefônica, Leila Loria, após palestra no III Fórum Brasil-União Europeia, no Rio de Janeiro.

Segundo Leila, o projeto anunciado pelo governo ainda é muito vago e essa insegurança pode afetar os investimentos em infraestrutura no setor, que são de maturação de médio e longo prazo. "Do decreto para a vida real ainda tem muita coisa a entender", afirmou. "Se não houver segurança, os investimentos, por exemplo, em fibra ótica, não saem. O investidor não faz."

Leila afirmou ainda que uma das questões que o setor vem buscando entender é quais os novos serviços que sairão das companhias de telecomunicações para a nova Telebrás, que é estatal. "O serviço público é importante para as teles. (...) Há grandes empresas governamentais que dependem do nosso serviço."

Conforme Leila, se a prestação de serviços para a administração pública migrar para a Telebrás, isso representará uma nova realidade de mercado para os grupos. "Quando as companhias compraram as concessões (durante a privatização da Telebrás), elas previam que haveria também o mercado de serviços públicos. Então, isso é uma mudança na regra. Não chega a ser uma quebra de contrato, mas é uma mudança nas regras do jogo", afirmou. Leila observou que o fato de haver um novo competidor não preocupa. O que causa insegurança é a possibilidade de haver condições diferenciadas de atuação no setor.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas espanholasServiçosTecnologia da informaçãoTelebrasTelecomunicaçõesTelefônica

Mais de Negócios

A malharia gaúcha que está produzindo 1.000 cobertores por semana — todos para doar

Com novas taxas nos EUA e na mira da União Europeia, montadoras chinesas apostam no Brasil

De funcionária fabril, ela construiu um império de US$ 7,1 bilhões com telas de celular para a Apple

Os motivos que levaram a Polishop a pedir recuperação judicial com dívidas de R$ 352 milhões

Mais na Exame