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Como construir a equipe dos sonhos para a inovação

Veja as 5 sugestões do professor do IMD, Bill Fischer, para formar as melhores equipes em projetos de inovação


	Formar um time dos sonhos com os melhores e mais adequados inovadores -como o time de basquete americano vitorioso nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992, dá trabalho - é sucesso garantido, para Bill Fischer, do IMD.
 (Mike Powell/Getty Images)

Formar um time dos sonhos com os melhores e mais adequados inovadores -como o time de basquete americano vitorioso nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992, dá trabalho - é sucesso garantido, para Bill Fischer, do IMD. (Mike Powell/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2013 às 15h29.

São Paulo – Criatividade, organização e capacidade de execução são três daquelas competências extremamente úteis e muito valorosas no meio empresarial quando o bola da vez é a inovação. Raramente, as três características aparecem juntas em uma mesma equipe - em um único funcionário, então, parece impossível. Formar um time dos sonhos, como o quarteto do basquete americano vitorioso nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992, dá trabalho - mas é sucesso garantido - ou quase.

Bill Fischer, professor de gestão de inovação do IMD há 15 anos, explica que a estratégia usada para formar times inovadores é o que vai determinar o sucesso da iniciativa. “Parta de uma boa equipe e uma ordem clara de mudar o mundo“, diz.

Veja a seguir as sugestões de Bill Fischer, do IMD, para construir uma equipe virtuosa para projetos inovadores.

“Escolha as melhores pessoas possíveis, não as melhores pessoas disponíveis”

Não basta fazer uma ronda na empresa para descobrir quem se interessaria por participar desse ou daquele projeto. Fischer é taxativo ao dizer que as habilidades necessárias para elaboração de um projeto devem ser ao menos vislumbradas antes da formação de uma equipe. “Ao lançar mão de pessoas sem as habilidades necessárias, o projeto já falha antes mesmo de ter começado”, diz.

Por isso, quanto mais diálogo, melhor – tanto para conhecer melhor a equipe como para entender quais são as habilidades e competências de cada um dos funcionários.

“É preciso gerir a diversidade do seu time, ela é uma possibilidade de diferencial competitivo.”

Fischer sugere identificar se o projeto de inovação que a empresa pretende desenvolver é incremental ou disruptivo. Uma equipe com habilidades similares pode desenvolver ótimas iniciativas, mas não vai revolucionar os negócios da empresa. “Um time harmonioso acaba funcionando melhor em mudanças incrementais”, diz.


No entanto, quando projeto se propõe a criar algo nunca feito antes pela companhia ou mudar completamente um processo, a diversidade é vital. “Quanto mais habilidades variadas estiverem à mesa, mais eficiente será a equipe de um projeto inovador que propõe uma grande mudança”.

“Manter ideias em movimento é melhor que mantê-las apressadas.”

Quando a questão é a relação entre o tempo de execução e o fluxo das ideias, caminho do meio é a melhor opção. “Realizar projetos é melhor que buscar a perfeição eternamente sem de fato implementar as novas ideias”, afirma.

No entanto, a ansiedade deve ficar longe de quem trabalha com inovação. Ao manter as ideias em movimento, a equipe tem a oportunidade de aprender com os processos em tempo real - mas a pressa pode afastar o time das análises necessárias. Para Fischer, é fundamental avaliar os projetos enquanto eles acontecem, corrigindo as rotas e aprendendo com os processos. “Quando o processo não é monitorado, não conseguimos antecipar os problemas que podem surgir”, afirma Fischer.

“As organizações não devem ter medo de dividir suas ideias.”

Faz parte, também, da elaboração de um projeto inovador buscar as percepções que passeiam do lado de fora dos muros da empresa. “As empresas sempre procuram se virar sozinhas, mas a conversa com pessoas do mesmo meio, que entendem de assuntos que podem agregar aos projetos abre muitas possibilidades”, afirma. 

A consulta externa não só serve como referência como também permite identificar potenciais talentos que podem agregar muito ao processo criativo. “O segredo de liderar no futuro não está tanto no que você já aprendeu, mas no que você pretende aprender na sequência”, diz Fischer.

“Todos os detalhes do contexto devem ser avaliados.”

Parece bobagem, mas Fischer garante que não é. Todos os detalhes devem ser considerados na hora de desenvolver processos inovadores. Os convidados para cada reunião, por exemplo, deverão estar alinhados com à pauta do encontro que, por sua vez, tem de estar clara para a liderança do projeto. Até mesmo o local dos encontros deve estimular o processo criativo e a espontaneidade de quem cria. “As ideias são o coração das inovações, mas geralmente não criamos a infraestrutura necessária para elas fluírem.”

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