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Sob nova política de preços, Petrobras reajusta gasolina

Companhia anunciou elevação média do preço da gasolina nas refinarias no país em 4% e do diesel em 8%

Abastecimento em posto da Petrobras: reajuste entrará em vigor às 0h de 30 de novembro (Christian Castanho/Quatro Rodas)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2013 às 19h37.

Rio de Janeiro/São Paulo - A Petrobras anunciou nesta sexta-feira elevação média do preço da gasolina nas refinarias no país em 4 por cento e do diesel em 8 por cento, já atendendo aos princípios de uma nova política de preços da estatal.

O reajuste entrará em vigor às 0h de 30 de novembro, segundo fato relevante.

Tanto um reajuste pontual dos combustíveis quanto uma nova metodologia de precificação da gasolina e do diesel eram aguardados com ansiedade pelo mercado, porque podem dar fôlego financeiro à empresa, que sofre com um caixa apertado e alto endividamento.

No entanto, o comunicado da petroleira não sinalizou claramente como funciona a nova política de preços.

"Por razões comerciais, os parâmetros da metodologia de precificação serão estritamente internos à companhia", disse a empresa.

O Conselho da Petrobras esteve reunido em São Paulo nesta sexta-feira, com a presença de seu presidente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e da presidente-executiva da estatal, Maria das Graças Foster.

Segundo documento após o encontro do Conselho, a metodologia pretende assegurar que os indicadores de endividamento e alavancagem da Petrobras retornem aos limites estabelecidos no Plano de Negócios 2013-2017 em até 24 meses, considerando o crescimento da produção de petróleo e a aplicação da política de preços de combustíveis.

O plano atual da estatal prevê alavancagem menor que 35 por cento. No encerramento de setembro, a relação entre dívida e patrimônio líquido estava em 36 por cento.

Outro objetivo da Petrobras é alcançar a convergência dos preços no Brasil com as referências no exterior em prazo compatível, mas sem "repassar a volatilidade dos preços internacionais ao consumidor doméstico", segundo a companhia.


Uma fonte com conhecimento do tema disse, sob condição de anonimato, que a Petrobras não fará reajustes imediatamente após o preço do petróleo subir ou recuar no exterior, mas deverá aguardar por algum período para então repassar a variação ao mercado doméstico.

O lucro da Petrobras no terceiro trimestre veio bem abaixo da previsão de analistas, com queda de 39 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, com impacto principalmente da importação elevada de derivados por um preço acima do praticado no Brasil.

No fim de outubro, a diretoria da Petrobras apresentou ao Conselho uma proposta de metodologia de preços prevendo reajustes automáticos e periódicos de combustíveis, mas enfrentou resistência dentro do governo, por ser vista como uma maneira de indexar a economia.

Efeito na Bomba e Inflação

A Petrobras não divulgou uma expectativa de qual será o impacto do reajuste nos postos de combustíveis.

A economista Basilik Litvac, da MCM Consultores, calcula um aumento da gasolina de 2,8 a 3 por cento e do diesel de 6 por cento na bomba. Na inflação oficial, o impacto total da alta dos combustíveis deve ser de 0,12 ponto percentual no IPCA de dezembro.

As projeções da economista estão alinhadas com as de um representante do setor de petróleo, que disse à Reuters que o reajuste da gasolina terá impacto de 3 por cento ao consumidor, enquanto o do diesel deverá variar de 6 a 7 por cento na bomba.

É o segundo aumento da gasolina em 2013, depois dos 6,6 por cento nas refinarias em janeiro. Para o diesel, trata-se do terceiro reajuste, após os aplicados em janeiro e março, de 5,4 e de 5 por cento, respectivamente.

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O reajuste entrará em vigor às 0h de 30 de novembro, segundo fato relevante.

Tanto um reajuste pontual dos combustíveis quanto uma nova metodologia de precificação da gasolina e do diesel eram aguardados com ansiedade pelo mercado, porque podem dar fôlego financeiro à empresa, que sofre com um caixa apertado e alto endividamento.

No entanto, o comunicado da petroleira não sinalizou claramente como funciona a nova política de preços.

"Por razões comerciais, os parâmetros da metodologia de precificação serão estritamente internos à companhia", disse a empresa.

O Conselho da Petrobras esteve reunido em São Paulo nesta sexta-feira, com a presença de seu presidente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e da presidente-executiva da estatal, Maria das Graças Foster.

Segundo documento após o encontro do Conselho, a metodologia pretende assegurar que os indicadores de endividamento e alavancagem da Petrobras retornem aos limites estabelecidos no Plano de Negócios 2013-2017 em até 24 meses, considerando o crescimento da produção de petróleo e a aplicação da política de preços de combustíveis.

O plano atual da estatal prevê alavancagem menor que 35 por cento. No encerramento de setembro, a relação entre dívida e patrimônio líquido estava em 36 por cento.

Outro objetivo da Petrobras é alcançar a convergência dos preços no Brasil com as referências no exterior em prazo compatível, mas sem "repassar a volatilidade dos preços internacionais ao consumidor doméstico", segundo a companhia.


Uma fonte com conhecimento do tema disse, sob condição de anonimato, que a Petrobras não fará reajustes imediatamente após o preço do petróleo subir ou recuar no exterior, mas deverá aguardar por algum período para então repassar a variação ao mercado doméstico.

O lucro da Petrobras no terceiro trimestre veio bem abaixo da previsão de analistas, com queda de 39 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, com impacto principalmente da importação elevada de derivados por um preço acima do praticado no Brasil.

No fim de outubro, a diretoria da Petrobras apresentou ao Conselho uma proposta de metodologia de preços prevendo reajustes automáticos e periódicos de combustíveis, mas enfrentou resistência dentro do governo, por ser vista como uma maneira de indexar a economia.

Efeito na Bomba e Inflação

A Petrobras não divulgou uma expectativa de qual será o impacto do reajuste nos postos de combustíveis.

A economista Basilik Litvac, da MCM Consultores, calcula um aumento da gasolina de 2,8 a 3 por cento e do diesel de 6 por cento na bomba. Na inflação oficial, o impacto total da alta dos combustíveis deve ser de 0,12 ponto percentual no IPCA de dezembro.

As projeções da economista estão alinhadas com as de um representante do setor de petróleo, que disse à Reuters que o reajuste da gasolina terá impacto de 3 por cento ao consumidor, enquanto o do diesel deverá variar de 6 a 7 por cento na bomba.

É o segundo aumento da gasolina em 2013, depois dos 6,6 por cento nas refinarias em janeiro. Para o diesel, trata-se do terceiro reajuste, após os aplicados em janeiro e março, de 5,4 e de 5 por cento, respectivamente.

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