Siemens fecha acordo após caso de corrupção
Por Danielle Chaves Munique, Alemanha - O conglomerado alemão Siemens chegou a um acordo com seis ex-executivos sobre indenizações por danos relacionados a um escândalo de pagamento de propina na companhia. O acordo é um dos capítulos finais de um grande caso de corrupção que prejudicou a reputação da Siemens e forçou a renúncia de […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.
Por Danielle Chaves
Munique, Alemanha - O conglomerado alemão Siemens chegou a um acordo com seis ex-executivos sobre indenizações por danos relacionados a um escândalo de pagamento de propina na companhia. O acordo é um dos capítulos finais de um grande caso de corrupção que prejudicou a reputação da Siemens e forçou a renúncia de vários membros da diretoria.
Entre os executivos com os quais a Siemens chegou a um acordo estão o ex-executivo-chefe Heinrich von Pierer e seu sucessor Klaus Kleinfeld. Segundo um porta-voz da companhia, von Pierer aceitou pagar 5 milhões de euros (US$ 7,5 milhões) à empresa e Kleinfeld, 2 milhões de euros.
Todos os seis acordos anunciados hoje e os três fechados no início deste ano estarão sujeitos a aprovação na reunião geral anual da Siemens, em janeiro. A companhia também chegou a um acordo com os ex-membros do conselho administrativo Johannes Feldmayer, Juergen Radomski e Uriel Sharef e com o ex-chairman do conselho supervisor Karl Hermann Baumann.
Segundo um porta-voz da Siemens, os seis ex-executivos concordaram em pagar entre 1 milhão e 5 milhões de euros. No início deste ano, três outros ex-membros do conselho administrativo da companhia aceitaram pagar 500 mil euros cada um para a empresa, o que leva o valor total dos acordos para 19,5 milhões de euros.
Desde que as acusações de pagamento de propina surgiram, a Siemens pagou cerca de 1,2 bilhão de euros para encerrar processos movidos por autoridades da Alemanha e dos EUA em 2008 e gastou mais de 800 milhões de euros com despesas judiciais. A companhia também fechou um acordo menor neste ano com o Banco Mundial. A Siemens não admitiu nenhuma das acusações de pagamento de propina.
von Pierer e os outros oito ex-executivos não foram acusados de qualquer ato criminoso, porém muitos acionistas da empresa alegaram que eles fracassaram em cumprir suas obrigações administrativas e de supervisão. A Siemens foi pressionada por investidores a pedir indenização por danos por causa disso.
A Siemens é um medidor para o setor industrial mundial, com 405 mil funcionários em 190 regiões e produtos que vão de equipamentos hospitalares, de transporte e de automação de fábricas até turbinas de energia. As informações são da Dow Jones.