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Shell e Eni serão julgadas por suposta corrupção na Nigéria

O caso envolve a compra, em 2011, por Eni e Shell, do campo marítimo de petróleo OPL-245, na Nigéria

Shell: 13 pessoas, incluindo o CEO da Eni e o ex-chairman do Conselho da Fundação Shell foram colocados sob julgamento (Andrey Rudakov/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 20 de dezembro de 2017 às 11h57.

Milão - Um juiz italiano ordenou que a anglo-holandesa Shell e a italiana Eni sejam julgadas sobre uma suposta corrupção na Nigéria, que envolveria o CEO da Eni, além de executivos do presente e do passado, disseram fontes nesta quarta-feira.

O caso envolve a compra, em 2011, por Eni e Shell, do campo marítimo de petróleo OPL-245, na Nigéria, --uma das áreas de petróleo mais valiosas da África-- por cerca de 1,3 bilhão de dólares.

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Além das duas empresas, 13 pessoas, incluindo o CEO da Eni, Claudio Descalzi, e o ex-chairman do Conselho da Fundação Shell Malcolm Brinded foram colocados sob julgamento, disseram as fontes.

De acordo com a legislação italiana, uma empresa pode ser responsabilizada se considerar que não conseguiu prevenir ou tentar prevenir um crime por parte de um funcionário que beneficiou a empresa.

A Shell, segunda maior produtora de petróleo do Brasil e principal sócia da Petrobras no pré-sal, disse que estava desapontada com o resultado da audiência, mas acrescentou que acreditava que os juízes concluiriam que não havia nenhum caso contra o grupo ou seus ex-funcionários.

"Não há lugar para suborno ou corrupção em nossa empresa", afirmou.

A Eni reiterou que a empresa e seu CEO não estiveram envolvidos em nenhuma ação errada. Ela disse que o Conselho tinha plena confiança em Descalzi, que na época do acordo era chefe de exploração e produção.

O julgamento deve começar em 5 de março, disseram as fontes.

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