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Setor imobiliário faz fila para IPO na B3 e pode movimentar R$ 10 bi

Quantidade de estreantes no segmento de construção e incorporação só tem precedente comparável em 2007

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Vista da Marginal Pinheiro, em São Paulo: venda de imóveis parou na pandemia, mas já está em ritmo de retomada (Rubens Chaves/Divulgação)

Vista da Marginal Pinheiro, em São Paulo: venda de imóveis parou na pandemia, mas já está em ritmo de retomada (Rubens Chaves/Divulgação)

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Graziella Valenti

Publicado em 25 de julho de 2020, 17h02.

Com os mercados imobiliário e de capitais ativos mesmo durante a pandemia, a fila de construtoras e incorporadoras que pretendem captar recursos por meio de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na B3 não para de crescer. A Plano & Plano, que pertence ao grupo Cyrela, foi a mais nova a reservar o seu lugar, depois da Nortis, também nessa semana, e da Lavvi, no começo do mês.

Há ainda mais outras seis, entre elas a Cury, que havia pedido o registro para a operação em fevereiro e acaba de retomar os trabalhos. O segmento tem nove dos 23 IPOs que aguardam registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No total, se todas tiverem sucessos, o setor pode movimentar entre 6 bilhões reais e 10 bilhões de reais, em uma retomada de estreias nesse segmento que só tem precedente na euforia de 2007. Antes da pandemia, quem inaugurou no pregão foram Mitrê e Moura Dubeux, que juntas captaram cerca de 2 bilhões de reais.

Na lista de pretendentes há todo tipo de foco e segmento, desde companhias com atuação em mercado de média e alta renda até as puramente dedicadas ao Minha Casa, Minha Vida. Somente a Cyrela está levando à bolsa três companhias nas quais tem participação ou controla: Cury, Lavvi e Plano & Plano.

O apetite para o setor — e o que abriu a porta para os IPOs de 2020 — ficou evidente no ano passado, quando Trisul, EzTec, Helbor, Cyrela Commercial Properties e JHSF captaram mais de 3 bilhões de reais com ofertas subsequentes.

Logo após a euforia de 2007, o setor enfrentou dificuldades na bolsa, com diversas decepções, e muitos investidores chegaram a concluir que não fazia sentido investir no segmento pela compra de ações. Houve uma forte consolidação, com diversas fusões e aquisições. Ficou evidente que as companhias desse ramo, principalmente de média e alta renda, enfrentam limite de escala e atuação geográfica. Entre os principais ícones desse período estão Gafisa, Viver (antiga Inpar) e PDG Realty. Em geral, quando o setor se capitaliza todo junto e em uma só tacada, há como consequência direta um aumento nos preços de terrenos e, muitas vezes, de mão de obra e das matérias-primas, o que acaba reduzindo o retorno financeiro do negócio.

 

 

 

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