Saudi Aramco demite centenas em meio à crise no petróleo, dizem fontes
Cortes teriam ocorrido à medida que empresas de energia de todo o mundo reduzem suas forças de trabalho em resposta à crise do coronavírus
Reuters
Publicado em 18 de junho de 2020 às 15h14.
Última atualização em 18 de junho de 2020 às 20h27.
A gigante estatal do petróleo Saudi Aramco deu início a demissões de centenas de funcionários neste mês, disseram duas fontes familiarizadas com o assunto, à medida que empresas de energia de todo o mundo reduzem suas forças de trabalho em resposta à crise do coronavírus.
Assim como outras petroleiras de grande porte, a Aramco cortou planos de gastos para 2020 após a pandemia causar uma queda sem precedentes na demanda por petróleo e pressionar as cotações da commodity. Grandes companhias do setor reduziram suas mãos de obra entre 10% e 15% para cortar gastos e como parte de planos de reestruturação.
A maior parte das vagas fechadas pela Aramco era ocupada por estrangeiros, segundo as fontes. Uma fonte estimou que 500 pessoas tenham sido demitidas, acrescentando que os cortes foram baseados principalmente nas performances, e que medidas similares ocorrem anualmente.
A Aramco possui mais de 70 mil funcionários.
"A Aramco está se adaptando ao ambiente de negócios altamente complexo e de rápidas alterações causado pela pandemia de Covid-19. Nós revisamos e revisitamos constantemente nossos gastos operacionais, sempre que necessário, para continuar entregando excelência operacional e lucratividade", disse a petroleira em comunicado.
"Não vamos fornecer informações a respeito dos detalhes de qualquer medida neste momento, mas nossas ações são elaboradas para nos fornecer mais agilidade, resiliência e competitividade, com foco no crescimento de longo prazo", acrescentou.
As demissões foram inicialmente noticiadas pela Bloomberg.