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Roberto Marinho é sepultado

O jornalista Roberto Marinho, presidente das Organizações Globo,foi sepultado por volta das 16h desta quinta-feira (7/8). Ele morreu no hospital Samaritano do Rio de Janeiro na noite de quarta-feira (6/8), aos 98 anos. Roberto Marinho sofreu um edema pulmonar provocado por uma trombose. Ele deixa viúva, Lily de Carvalho Marinho, e três filhos --Roberto Irineu, […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

O jornalista Roberto Marinho, presidente das Organizações Globo,foi sepultado por volta das 16h desta quinta-feira (7/8). Ele morreu no hospital Samaritano do Rio de Janeiro na noite de quarta-feira (6/8), aos 98 anos. Roberto Marinho sofreu um edema pulmonar provocado por uma trombose. Ele deixa viúva, Lily de Carvalho Marinho, e três filhos --Roberto Irineu, José Roberto e João Roberto--, além de netos e bisnetos.

Em nota divulgada na noite de quarta, a família do jornalista se disse "consternada" e afirmou que Roberto Marinho teve uma "vida reta, dedicada ao trabalho e, fundamentalmente, ao desenvolvimento do Brasil". Em 19 de outubro de 1993, a Academia Brasileira de Letras transformou-o em imortal. A família Marinho está na lista das maiores fortunas da revista americana Forbes, com um patrimônio estimado em 1 bilhão de dólares.

Marinho comandou a formação do maior grupo de mídia brasileiro, as Organizações Globo. O grupo atua hoje em rádio, televisão, jornal, editora, produção de cinema, vídeo, internet e distribuição de sinal de TV paga e de dados.

Empresa-mãe das Organizações Globo, a Globo Comunicações e Participações (Globopar) surgiu em 1973. A holding controla as subsidiárias da TV Globo e outras empresas da família Marinho. Está presente em atividades como telecomunicações, TV por assinatura, publicações, gravação, mercado imobiliário e financeiro. Também é proprietária de imóveis ocupados pela TV Globo.

O embrião do grupo nasceu com a criação do jornal "O Globo", fundado em 1925, seguido, em 1944, com a inauguração da Rádio Globo do Rio. O Globo Empresa Jornalística Brasileira registrou um faturamento de 169,6 milhões de dólares no ano passado, segundo o anuário Melhores e Maiores, de EXAME. Além do jornal O Globo, um dos maiores veículos de informação impresso do país, a empresa é formada pelos jornais Extra, Agência O Globo e O Globo Online.

A Rede Globo foi criada em 1965, com o início das transmissões do Canal 4 do Rio. No ano seguinte, o empresário Roberto Marinho comprou em São Paulo a TV Paulista, Canal 5, e formou a rede. A emissora está entre as quatro maiores emissoras do mundo e faturou 934,3 milhões de dólares em 2002.

No início dos anos 90, Roberto Marinho se afastou gradativamente da direção da Globo. Colocou seu filhos Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto à frente da rede, tendo como superintendente Marluce Dias da Silva. Na mesma década, o grupo abriu o capital e diversificou a atuação com telecomunicações e distribuição de TV paga e de dados, com a Net e a Globo.com.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou, a partir desta quinta-feira, três dias de luto oficial pela morte do presidente das Organizações Globo. Em nota oficial, Lula afirma que o país perde "um homem que passou a vida acreditando no Brasil". Lula usou uma expressão do publicitário Carlito Maia, morto em junho do ano passado, para prestar uma homenagem a Marinho. "Tem gente que vem ao mundo a passeio, tem gente que vem ao mundo a serviço. Roberto Marinho foi um homem que veio ao mundo a serviço - quase um século de vida de serviços prestados à comunicação, à educação e ao futuro do Brasil. À família, aos amigos e aos funcionários das Organizações Globo, rendo as minhas homenagens póstumas , disse Lula em comunicado oficial.

Roberto Civita, presidente do Grupo Abril, que edita EXAME, lamentou a morte do jornalista Roberto Marinho. Em nota, ele manda um abraço "especial e carinhoso" para os três filhos do jornalista e para a esposa dona Lily. "Lamento profundamente o fim de uma longa e linda vida de um homem que começou em um jornal fundado pelo pai e o tranformou no maior império da América Latina. É um exemplo para todos nós de confiança no país e jornalismo sério", afirmou Civita.

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