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Rnest, da Petrobras, recebe licença de operação

É improvável, entretanto, a entrega de combustível ainda neste ano

Petrobras: estatal provavelmente não entregará combustível da Rnest antes do início do próximo ano (Sergio Moraes/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2014 às 18h17.

Rio de Janeiro - A Refinaria do Nordeste (Rnest), da Petrobras , em Pernambuco, recebeu nesta segunda-feira a licença ambiental para entrar em operação parcialmente, e a nova unidade provavelmente não entregará combustíveis antes do início do próximo ano, afirmou uma fonte do mercado à Reuters, sob a condição de anonimato.

A obtenção da licença foi confirmada pela agência estadual de meio ambiente de Pernambuco, por meio de seu departamento de imprensa, para processar 45 mil barris/dia, ou 39 por cento da capacidade do primeiro trem de refino.

O órgão limitará a operação até que um equipamento de controle de poluição mostre-se em funcionamento, segundo documento obtido pela Reuters.

Entretanto, de acordo com a fonte do mercado, as distribuidoras ainda não foram informadas sobre a disponibilidade de volumes de combustíveis que irão ao mercado a partir da Rnest, o que deve atrasar as primeiras entregas da refinaria de Pernambuco.

"As distribuidoras têm até o terceiro dia útil de cada mês para fazer pedidos (de combustíveis) para o mês seguinte", disse a fonte, para quem os prazos estão muito apertados para que seja possível registrar pedidos para dezembro.

"Está muito em cima (da hora). Normalmente, ela (Petrobras) faria este comunicado um pouco antes", afirmou.

Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente sobre o assunto.

A Petrobras informou anteriormente que a produção da refinaria --envolvida em suspeitas de superfaturamento, com um custo estimado de quase 20 bilhões de dólares-- deve ser inaugurada este mês.

A fonte explicou ainda que há uma série de questões operacionais que precisam ser acertadas quando uma nova refinaria entra em operação. As distribuidoras precisam se preparar para receber volumes de um novo ponto de fornecimento.

"Se ela (Petrobras) não informou que tem que colocar pedido de volume para dezembro é que nem em dezembro terá produto para ser comercializado", disse a fonte.

A última previsão da Petrobras era colocar em operação a primeira unidade de refino da Rnest --de 115 mil barris por dia de capacidade-- neste mês e o segundo, com a mesma capacidade, apenas em 2015.

O objetivo principal da Rnest, também chamada de Abreu e Lima, será produzir óleo diesel, complementando a oferta desse produto no mercado brasileiro, que depende de importações. A refinaria atenderá o mercado das regiões Nordeste e Norte.

A entrada em operação desta unidade deve trazer alívio para a Petrobras, que tem sofrido grandes prejuízos ao importar combustíveis do exterior.

No Brasil, os preços de gasolina e diesel são administrados, e há anos a estatal tem sido obrigada a vender esses combustíveis no país por preços mais baratos do que são comprados do exterior.

Texto atualizado às 19h16min do mesmo dia.

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Rio de Janeiro - A Refinaria do Nordeste (Rnest), da Petrobras , em Pernambuco, recebeu nesta segunda-feira a licença ambiental para entrar em operação parcialmente, e a nova unidade provavelmente não entregará combustíveis antes do início do próximo ano, afirmou uma fonte do mercado à Reuters, sob a condição de anonimato.

A obtenção da licença foi confirmada pela agência estadual de meio ambiente de Pernambuco, por meio de seu departamento de imprensa, para processar 45 mil barris/dia, ou 39 por cento da capacidade do primeiro trem de refino.

O órgão limitará a operação até que um equipamento de controle de poluição mostre-se em funcionamento, segundo documento obtido pela Reuters.

Entretanto, de acordo com a fonte do mercado, as distribuidoras ainda não foram informadas sobre a disponibilidade de volumes de combustíveis que irão ao mercado a partir da Rnest, o que deve atrasar as primeiras entregas da refinaria de Pernambuco.

"As distribuidoras têm até o terceiro dia útil de cada mês para fazer pedidos (de combustíveis) para o mês seguinte", disse a fonte, para quem os prazos estão muito apertados para que seja possível registrar pedidos para dezembro.

"Está muito em cima (da hora). Normalmente, ela (Petrobras) faria este comunicado um pouco antes", afirmou.

Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente sobre o assunto.

A Petrobras informou anteriormente que a produção da refinaria --envolvida em suspeitas de superfaturamento, com um custo estimado de quase 20 bilhões de dólares-- deve ser inaugurada este mês.

A fonte explicou ainda que há uma série de questões operacionais que precisam ser acertadas quando uma nova refinaria entra em operação. As distribuidoras precisam se preparar para receber volumes de um novo ponto de fornecimento.

"Se ela (Petrobras) não informou que tem que colocar pedido de volume para dezembro é que nem em dezembro terá produto para ser comercializado", disse a fonte.

A última previsão da Petrobras era colocar em operação a primeira unidade de refino da Rnest --de 115 mil barris por dia de capacidade-- neste mês e o segundo, com a mesma capacidade, apenas em 2015.

O objetivo principal da Rnest, também chamada de Abreu e Lima, será produzir óleo diesel, complementando a oferta desse produto no mercado brasileiro, que depende de importações. A refinaria atenderá o mercado das regiões Nordeste e Norte.

A entrada em operação desta unidade deve trazer alívio para a Petrobras, que tem sofrido grandes prejuízos ao importar combustíveis do exterior.

No Brasil, os preços de gasolina e diesel são administrados, e há anos a estatal tem sido obrigada a vender esses combustíveis no país por preços mais baratos do que são comprados do exterior.

Texto atualizado às 19h16min do mesmo dia.

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