Pró Química assume usina controlada por Mansur
A usina foi adquirida pela empresa gaúcha Pró Química do Brasil, que liderou um grupo de investidores e criou a Pró Etanol para assumir a unidade e as dívidas renegociadas da Pignata
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2011 às 17h40.
Ribeirão Preto - A Destilaria Pignata, em Sertãozinho (SP), deve voltar a processar cana-de-açúcar na próxima safra, após ter o plano de recuperação judicial aprovado na última semana. A usina foi adquirida pela empresa gaúcha Pró Química do Brasil, que liderou um grupo de investidores e criou a Pró Etanol para assumir a unidade e as dívidas renegociadas da Pignata. A usina ganhou notoriedade em 2010 quando teve o controle assumido pelo empresário Ricardo Mansur, ex-dono das falidas redes varejistas Mesbla e Mappin (cuja marca foi adquirida pela Marabraz) e do banco Crefisul, liquidado pelo Banco Central.
Com uma dívida de R$ 98 milhões adquirida entre 2008 e 2009, na administração da família Pignata, e ainda em 2010, quando Mansur a operou, a usina não funcionou nas duas últimas safras. Do total da dívida, R$ 81 milhões foram reconhecidos no plano de recuperação judicial, sendo R$ 1 milhão com 173 credores trabalhistas. Esses credores irão receber pagamentos mensais durante um ano.
Dos cerca de R$ 80 milhões restantes, haverá um deságio de 70% para o pagamento da dívida, exceto para os credores sem garantias reais cujos passivos somam até R$ 50 mil. "Esse deságio foi necessário para que a destilaria voltasse a operar, porque a dívida total superava o valor da companhia e a tornava impossível de ser reativada", explicou Angelo Guerra Neto, sócio da Exame Auditores Independentes, responsável pelo plano de recuperação judicial.
Segundo ele, o pagamento dessa fatia da dívida será feito somente quando houver sobra de caixa da Pignata. Os credores sem garantias reais vão receber a partir de junho de 2012 e os com garantias reais somente a partir de junho de 2013. "A sazonalidade da cana-de-açúcar e a variação dos preços das commodities interferem no caixa da empresa, por isso o pagamento será feito só quando houver sobra, normalmente durante a safra", explicou.
A Pró Química, com sede em Canoas (RS), era cliente da Pignata, principalmente de etanol neutro, o que despertou interesse da empresa na destilaria. A companhia tem planos ainda de investir entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões para construir uma fábrica de açúcar anexa à destilaria e aproveitar os bons preços da commodity no mercado internacional. A empresa agora negocia com fornecedores de cana para tentar moer entre 400 mil e 500 mil toneladas de cana na safra 2012/2013.
Ribeirão Preto - A Destilaria Pignata, em Sertãozinho (SP), deve voltar a processar cana-de-açúcar na próxima safra, após ter o plano de recuperação judicial aprovado na última semana. A usina foi adquirida pela empresa gaúcha Pró Química do Brasil, que liderou um grupo de investidores e criou a Pró Etanol para assumir a unidade e as dívidas renegociadas da Pignata. A usina ganhou notoriedade em 2010 quando teve o controle assumido pelo empresário Ricardo Mansur, ex-dono das falidas redes varejistas Mesbla e Mappin (cuja marca foi adquirida pela Marabraz) e do banco Crefisul, liquidado pelo Banco Central.
Com uma dívida de R$ 98 milhões adquirida entre 2008 e 2009, na administração da família Pignata, e ainda em 2010, quando Mansur a operou, a usina não funcionou nas duas últimas safras. Do total da dívida, R$ 81 milhões foram reconhecidos no plano de recuperação judicial, sendo R$ 1 milhão com 173 credores trabalhistas. Esses credores irão receber pagamentos mensais durante um ano.
Dos cerca de R$ 80 milhões restantes, haverá um deságio de 70% para o pagamento da dívida, exceto para os credores sem garantias reais cujos passivos somam até R$ 50 mil. "Esse deságio foi necessário para que a destilaria voltasse a operar, porque a dívida total superava o valor da companhia e a tornava impossível de ser reativada", explicou Angelo Guerra Neto, sócio da Exame Auditores Independentes, responsável pelo plano de recuperação judicial.
Segundo ele, o pagamento dessa fatia da dívida será feito somente quando houver sobra de caixa da Pignata. Os credores sem garantias reais vão receber a partir de junho de 2012 e os com garantias reais somente a partir de junho de 2013. "A sazonalidade da cana-de-açúcar e a variação dos preços das commodities interferem no caixa da empresa, por isso o pagamento será feito só quando houver sobra, normalmente durante a safra", explicou.
A Pró Química, com sede em Canoas (RS), era cliente da Pignata, principalmente de etanol neutro, o que despertou interesse da empresa na destilaria. A companhia tem planos ainda de investir entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões para construir uma fábrica de açúcar anexa à destilaria e aproveitar os bons preços da commodity no mercado internacional. A empresa agora negocia com fornecedores de cana para tentar moer entre 400 mil e 500 mil toneladas de cana na safra 2012/2013.