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Por US$ 120 milhões, Madonna pode deixar a Warner Music

Negociações adiantadas entre a cantora e a promotora de shows Live Nation podem indicar nova tendência no setor

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

A estrela Madonna está próxima de assinar um contrato capaz de movimentar a indústria fonográfica e tornar-se um dos mais altos da história do setor. Segundo o periódico nova-iorquino Wall Street Journal ela tem negociado um acordo de 120 milhões de dólares com a empresa de promoção de shows Live Nation, pelo qual ela deixaria a gravadora Warner Music.

Pelo direito de lançar três albuns da cantora e de promover apresentações e venda de produtos ligados a ela, a Live Nation se dispõe a remunerá-la, numa combinação de dinheiro vivo e ações, com um adiantamento de 17,5 milhões de dólares, além de pagamento adiantado de 50 a 60 milhões de dólares antes do lançamento dos discos.

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Além disso, se e quando ela decidisse entrar em turnê, 90% do lucro ficaria com ela, contra 10% da organizadora. Também os ganhos com produtos que levam o nome de Madonna, como perfumes, seriam divididos igualmente entre ela e a empresa.

Para a Warner Music, o rompimento com a cantora significaria, além do abalo simbólico de deixar de representar um dos principais nomes da música pop nos últimos 20 anos, a perda de uma fonte quase inesgotável de venda de albuns. Desde sua estréia, em 1987, com Like a Virgin, Madonna já emplacou mais de 22 milhões de cópias, só nos Estados Unidos. O faturamento total de suas três últimas turnês, só com venda de ingressos, alcançou 395 milhões de dólares.

Novos rumos para o setor

Mais do que o impacto sobre um das grandes empresas do setor, porém, a negociação entre a "material girl" e a Live Nation aponta para a rapidez na mudança de cenário da indústria fonográfica.

Tradicionalmente, cantoras do porte de Madonna assinariam contrato com uma grande gravadora, lançariam seus albuns por esta empresa e só então fechariam contratos paralelos para a promoção de shows e de merchandising com outras companhias. A tendência mais recente, porém, é de atores até então secundários, como empresas de promoção de eventos ou de venda de ingressos, entrarem na disputa por outras fontes de faturamento, inclusive a comercialização de música e agenciamento do cantor com anunciantes.

O interesse da Live Nation, a maior organizadora de shows do mundo, decorre da baixa lucratividade do negócio de produção de eventos, diante dos repasses que as companhias precisam fazer a artistas e empresários, uma vez apurado o faturamento dos shows. Freqüentemente, essa participação chega à faixa de 90%, a mesma negociada com Madonna.

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