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Por que o Toblerone não pode mais ser chamado de chocolate suíço

O produto foi criado em 1908 em Berna, capital do país

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As restrições ocorrem por que a Mondelez, atual fabricante do chocolate, decidiu transferir a produção para Bratislava, capital da Eslováquia (Igor Golovniov/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

As restrições ocorrem por que a Mondelez, atual fabricante do chocolate, decidiu transferir a produção para Bratislava, capital da Eslováquia (Igor Golovniov/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2023, 16h32.

Última atualização em 8 de março de 2023, 07h47.

Ícone na bagagem de viagens internacionais, o chocolate Toblerone teve a cidadania suíça "cassada". A marca de chocolate não pode mais se apresentar como chocolate suiço e usar a imagem da montanha Matterhorn na embalagem para gerar associação com o país.

As restrições ocorrem por que a Mondelez, atual fabricante do chocolate, decidiu tirar a produção da Suiça e transferí-la para Bratislava, capital da Eslováquia, no leste europeu.

E o país do norte da Europa tem uma série de critérios para que as marcas utilizem usem os símbolos nacionais. Entre eles, itens alimentícios descritos como "produzidos na Suiça" precisam ter, no mínimo, 80% da matéria-prima oriunda do país, percentual que aumenta para 100% em casos que envolvem produtos lácteos.

De acordo com a CNN, o processamento essencial também deve ser feito no país. A exceção fica apenas para matérias-primas que não são oriundas do país, a exemplo do cacau. 

Para cumprir a legislação local,  aprovada em 2017 e conhecida como "Swissness Act", a fabricante de chocolate está alterando a embalagem e, no lugar de "produzido na Suiça", colocará "estabelecido na Suiça".

O produto foi criado em 1908 por Theodor Tobler e seu primo Emil Baumann, em Berna, capital do país. O nome da cidade em francês (Berne), inclusive, aparece entre as letras que formam a palavra Toblerone.    

A rigidez suiça é uma forma de o país proteger o valor que a associação com o país gera. De acordo com estudos locais, a "marca suiça" incrementa o preço dos produtos em até 20%. Para itens do mercado de luxo, o percentual sobe para 50%.

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