Exame Logo

Planos agressivos da Casas Bahia põem em dúvida sobrevivência das outras redes

Os agressivos planos de crescimento da Casas Bahia lançam um desafio sem precedentes às outras empresas de varejo de eletrodomésticos e móveis do país. Por seu tamanho, a empresa fundada por Samuel Klein já tem hoje um poder que arranca o melhor preço dos fornecedores. Com isso, consegue ter uma margem melhor que os concorrentes […]

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Os agressivos planos de crescimento da Casas Bahia lançam um desafio sem precedentes às outras empresas de varejo de eletrodomésticos e móveis do país. Por seu tamanho, a empresa fundada por Samuel Klein já tem hoje um poder que arranca o melhor preço dos fornecedores. Com isso, consegue ter uma margem melhor que os concorrentes e, com o lucro que embolsa, pode investir em novas lojas. A rede acaba se beneficiando de um ciclo virtuoso que, com escala e anos e negociação, acabou construindo. Se a Casas Bahia concretizar os planos de chegar a 1 000 lojas e 20 bilhões de reais de faturamento em 2010, colocará em questão a sobrevivência dos concorrentes.

O que as outras redes estão fazendo para competir? Nos últimos meses, as grandes varejistas aumentaram a abrangência geográfica. "No ano passado, todas as empresas do setor foram beneficiadas pelo crescimento do mercado interno e ganharam fôlego para a expansão", diz o consultor especializado em varejo Marcos Gouvêa de Souza. Em 2004, o Magazine Luiza, do interior de São Paulo, comprou a rede Arno, no sul do país. As Lojas Colombo, do Rio Grande do Sul, intensificaram os esforços para crescer no sudeste do país, especialmente em São Paulo. "Essas redes chegaram ao limite do crescimento em suas regiões tradicionais", diz o especialista Eugênio Foganholo.

Veja também

O Ponto Frio continua sendo a maior incógnita do mercado. A rede tem uma marca poderosa e uma enorme rede espalhada pelas regiões mais ricas do país. Uma briga de sócios praticamente paralisou a empresa nos últimos anos, mas recentemente os executivos anunciaram que estava chegando ao fim a restruturação iniciada em 2003, com a contratação de nomes como o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan para o Conselho de Administração.

Embora Magazine Luiza e Colombo tenham tido uma expansão agressiva, outras redes de porte preferiram fortalecer a atuação em suas regiões habituais. As Lojas Cem, por exemplo, tiveram um faturamento de 900 milhões de reais no ano passado, mas os executivos não pretendem ampliar o horizonte além do interior de São Paulo. Fenômeno semelhante ocorre com empresas como a Insinuante, com forte presença no Nordeste do país, e que prefere a consolidação nas regiões que domina a ousar o ingresso nas capitais.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame