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Plano de saúde é o benefício mais caro para as empresas

Por conta do alto custo, 70% dos negócios redesenharam o benefício saúde no último ano

Saúde: para 36% das empresas, o custo da assistência médica representa de 5% a 10% da folha (ktsimage/Thinkstock)

Karin Salomão

Publicado em 10 de junho de 2017 às 08h00.

Última atualização em 12 de junho de 2017 às 16h46.

São Paulo – Vale transporte, vale alimentação e assistência odontológica estão entre os benefícios oferecidos pelas empresas a seus funcionários. Ainda assim, o mais comum deles é a assistência médica, ofertada por 99,8% das companhia.

Isso é o que aponta a pesquisa da Aon, consultoria de riscos, benefícios e capital humano, divulgada com exclusividade para EXAME.com.

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Seguro de vida e assistência odontológica são os segundos mais ofertados pelas corporações - os dois tipos de benefícios são oferecidos por 94% e 92,4% das companhias, respectivamente. Na lista também estão vantagens bastante desejadas, como home office, transporte e clube de lazer.

A Pesquisa de Benefícios da Aon contou com a participação de 536 empresas, totalizando 2,1 milhões de funcionários. A maior parte da amostragem (65,9%) representa empresas brasileiras. Também foram ouvidas multinacionais dos Estados Unidos (12,9%), França (4,2%), Alemanha (2,8%), Japão (1,9%) e outros países (12,3%).

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-(Pesquisa da consultoria Aon/Divulgação)

Vantagem mais cara

Se por um lado os benefícios são essenciais para as empresas atraírem e manterem talentos, por outro também representam um custo importante na folha de pagamentos.

O benefício com o maior custo para as companhias é também o mais habitual. O plano de saúde representa o maior gasto com os funcionários.

Para 25% das corporações, os custos de assistência médica podem chegar de 10,1% a 20% do total gasto com os colaboradores,  fora o salário. Além disso, para 7% das pesquisadas, os custos são superiores a 20%.

Para 36% das empresas a assistência médica representa de 5% a 10% da folha de pagamento. Para outros 32%, o custo é um pouco menor e não ultrapassa 5%.

O alto custo com saúde acontece, principalmente, à inflação médica. De acordo com Rafaella Matioli, diretora técnica de saúde e Benefícios da Aon Brasil.

“Nos últimos cinco anos, a inflação médica registrou um acumulado de 108%, contra 42% da inflação geral”, explica ela.

Os gastos aumentaram com o surgimento de novas e caras tecnologias e desperdícios na utilização dos planos.  Segundo a consultoria, o gasto médio por usuário chegou a aproximadamente R$ 3.600 no país em 2016.

Por conta do alto custo, as empresas revisam a oferta e o modelo constantemente. No último ano, 70% dos negócios redesenharam o benefício saúde para adequarem os benefícios que ofertam aos seus bolsos.

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