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Plano de expansão da Azul tropeça em problemas de infraestrutura

Companhia aérea planeja fechar o ano com frota de 50 aviões e defende mudanças na Infraero

David Neeleman, fundador da companhia aérea Azul: mudanças na Infraero para melhorar a infraestrutura dos aeroportos (Michael Edwards/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 29 de março de 2011 às 13h27.

São Paulo - O sócio-fundador da Azul,  David Neeleman, afirmou, nesta terça-feira (29/3), que a companhia aérea pretende encerrar o ano com uma frota de 50 aviões, isso significa 16 aeronaves da Azul a mais voando no Brasil neste ano. Os investimentos da empresa aérea, no entanto, esbarram nos sérios problemas enfrentados pelos aeroportos no país.

Neeleman defende, com urgência, mudanças na Infraero para melhorar a infraestrutura dos aeroportos brasileiros. "Não acho que devemos privatizar os aeroportos, acho, sim, que a Infraero deve ser tratada como a Petrobras, na transparência de gestão", disse o executivo, que participou, hoje, da Cúpula Econômica da Bloomberg no Brasil.

Segundo ele, a Azul já teve experiências negativas em países onde os aeroportos são privatizados, como, por exemplo, o México. Já nos Estados Unidos, onde os aeroportos são públicos, as experiências foram sempre positivas. "Fico preocupado com uma companhia alemã ou francesa vindo comprar aeroportos aqui, e cobrando tarifas altas", disse.

"É frustrante analisar a Infraero e ver tanta gente que sabe o que deve ser feito, mas está com as mãos amarradas pelas leis de licitação", disse Neeleman. O executivo usou, como exemplo, o caso de aeroportos cujas obras ficam paralisadas em decorrência de irregularidade identificadas pelo Tribunal de Contas da União. "O dinheiro investido é pulverizado por uma irregularidade que ninguém consegue achar", disse. "Acho que a Dilma entende esse problema, mas o modo como lidamos com ele tem que mudar", disse o executivo.

Gargalo

Neeleman lembrou também que um dos gargalos que o setor enfrenta - além dos aeroportos – é o número escasso de pilotos. "O Brasil sempre foi muito protecionista em diferentes áreas. Uma dessas áreas são os pilotos". Neeleman citou que no Brasil é contra a lei ter um piloto formado em outro país em linhas aéreas brasileiras. "Temos que mudar isso", disse.

A Azul organiza uma escola de pilotos. Para o executivo, é mais seguro treinar alguém do zero, com suas próprias políticas. "Daqui a três anos, teremos a copa do mundo, e temos muito trabalho para fazer", afirmou.

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São Paulo - O sócio-fundador da Azul,  David Neeleman, afirmou, nesta terça-feira (29/3), que a companhia aérea pretende encerrar o ano com uma frota de 50 aviões, isso significa 16 aeronaves da Azul a mais voando no Brasil neste ano. Os investimentos da empresa aérea, no entanto, esbarram nos sérios problemas enfrentados pelos aeroportos no país.

Neeleman defende, com urgência, mudanças na Infraero para melhorar a infraestrutura dos aeroportos brasileiros. "Não acho que devemos privatizar os aeroportos, acho, sim, que a Infraero deve ser tratada como a Petrobras, na transparência de gestão", disse o executivo, que participou, hoje, da Cúpula Econômica da Bloomberg no Brasil.

Segundo ele, a Azul já teve experiências negativas em países onde os aeroportos são privatizados, como, por exemplo, o México. Já nos Estados Unidos, onde os aeroportos são públicos, as experiências foram sempre positivas. "Fico preocupado com uma companhia alemã ou francesa vindo comprar aeroportos aqui, e cobrando tarifas altas", disse.

"É frustrante analisar a Infraero e ver tanta gente que sabe o que deve ser feito, mas está com as mãos amarradas pelas leis de licitação", disse Neeleman. O executivo usou, como exemplo, o caso de aeroportos cujas obras ficam paralisadas em decorrência de irregularidade identificadas pelo Tribunal de Contas da União. "O dinheiro investido é pulverizado por uma irregularidade que ninguém consegue achar", disse. "Acho que a Dilma entende esse problema, mas o modo como lidamos com ele tem que mudar", disse o executivo.

Gargalo

Neeleman lembrou também que um dos gargalos que o setor enfrenta - além dos aeroportos – é o número escasso de pilotos. "O Brasil sempre foi muito protecionista em diferentes áreas. Uma dessas áreas são os pilotos". Neeleman citou que no Brasil é contra a lei ter um piloto formado em outro país em linhas aéreas brasileiras. "Temos que mudar isso", disse.

A Azul organiza uma escola de pilotos. Para o executivo, é mais seguro treinar alguém do zero, com suas próprias políticas. "Daqui a três anos, teremos a copa do mundo, e temos muito trabalho para fazer", afirmou.

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