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PDVSA anuncia pagamento de US$ 539 mi de juros de bônus da dívida

Os títulos da PDVSA representam 30% da dívida externa do país, estimada em 150 bilhões de dólares

PDVSA: prazo para cancelar esses títulos vencia entre esta sexta e o próximo domingo (Marco Bello/Reuters)
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AFP

Publicado em 15 de dezembro de 2017 às 09h04.

Última atualização em 15 de dezembro de 2017 às 09h04.

A petroleira estatal venezuelana PDVSA afirmou nesta quinta-feira à noite que iniciou o pagamento de US$ 539 milhões de juros de bônus da dívida, a horas do fim do prazo de carência.

"O Governo Bolivariano da Venezuela e sua empresa PDVSA informam a todos os detentores que se iniciou, no dia de hoje, o processo de transferência para o pagamento dos juros dos Bônus PDVSA 2026, PDVSA 2024, PDVSA 2021 e Bônus PDVSA 2035", tuitou a empresa, declarada em default parcial.

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O prazo para cancelar esses títulos vencia entre esta sexta e o próximo domingo.

A Petróleos da Venezuela (PDVSA) pediu a seus credores que "confiem na capacidade logística, produtiva e financeira" da empresa, que garantiu "ter cumprido todos seus compromissos".

"Ratificamos a solvência e a solidez da nossa indústria petroleira, em luta contra as ilegais sanções imperiais", declarou a companhia, referindo-se às sanções dos Estados Unidos que proíbem cidadãos desse país de negociarem nova dívida pública venezuelana.

O governo de Nicolás Maduro denunciou que essas sanções provocam atrasos em seus pagamentos.

Os títulos da PDVSA representam 30% da dívida externa do país, estimada em 150 bilhões de dólares que Maduro busca refinanciar.

A Venezuela foi declarada novamente em default em 8 de dezembro pela agência classificadora de risco S&P Global Ratings, por não ter desembolsado 183 milhões de dólares para o pagamento de dois bônus da dívida.

Nos últimos dias, a S&P e a Fitch declararam a Venezuela e a PDVSA em default parcial, por atrasos com vários pagamentos de capital e juros da dívida soberana e da companhia.

Responsável por 96% das divisas do país, a PDVSA também foi declarada em default, em 16 de novembro, pela Associação Internacional de Swaps e Derivados (ISDA) - que reúne credores -, por três atrasos em seus pagamentos.

O país com as maiores reservas de petróleo do mundo deve pagar cerca de 8 bilhões de dólares de dívida soberana e da PDVSA em 2018.

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