Com Paranapanema, Vale aceleraria expansão em cobre
Objetivo da mineradora é ser uma das líderes desse mercado a médio prazo
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
São Paulo - A eventual compra da Paranapanema aceleraria os planos da Vale de se tornar também um importante competidor no mercado mundial de cobre. Maior produtora de minério de ferro do mundo, e uma das maiores mineradoras do planeta, ao lado da BHP Billiton e da Rio Tinto, a Vale vem se movimentando para diversificar seu portfólio de produtos.
Atualmente, a empresa possui uma capacidade de produção anual de 300.000 toneladas de cobre. A extração é realizada na mina do Sossego, em Carajás (PA). A companhia também obtém cobre como subproduto do níquel extraído das minas de Sudbury e Voisey Bay, no Canadá.
Ao mesmo tempo, a empresa está desenvolvendo dois projetos de cobre, Salobo, em Carajás, e Três Valles, no Chile. A planta de Carajás terá capacidade anual de 100.000 toneladas e deve entrar em operação em 2011. Já a chilena, com 18.000 toneladas de capacidade, deve iniciar a produção em 2010.
Outra unidade de cobre que começará a ser implantada neste ano é a de Konkola North, na Zâmbia. Ela será capaz de processar 40.000 toneladas do metal por ano.
Paranapanema
A Vale anunciou, hoje (28/7), que lançará uma oferta pública de compra das ações da Paranapanema ( leia reportagem ). O negócio pode alcançar 2 bilhões de reais, caso 100% dos investidores apóiem a operação.
A Paranapanema é a líder brasileira na produção de cobre refinado. Seus ativos consistem de um smelter (fundição) e refinaria de cobre, além de três plantas para a produção de materiais de cobre. A empresa também detém 99,09% do capital da Cibrafértil, que opera fertilizantes fosfatados.
A fundição (smelter) e a refinaria estão instaladas no pólo industrial de Camaçari (BA). Elas pertenciam à Caraíba Metais, antes que a empresa fosse incorporada pela Paranapanema em 2009. Essas plantas são as únicas a produzir cátodos de cobre eletrolítico no Brasil com certificação da London Metal Exchange. Há um projeto para expandir sua capacidade de 220.000 para 277.000 toneladas anuais.
Já as três plantas de produção de artigos de cobre pertenciam à Eluma, também incorporada pela Paranapanema. Duas estão localizadas em São Paulo. A terceira fica no Espírito Santos. Em conjunto, as fábricas têm capacidade para produzir 78.000 toneladas anuais de semi-elaborados de cobre, como tubos, barras, perfis, arames, bobinas, chapas e conexões.
Já a Cibrafértil, também sediada na Bahia, é capaz de produzir até 306.000 toneladas de superfosfato simples (SSP) por ano.