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Para Magazine Luiza, Black Friday deveria ser feita em setembro

Frederico Trajano defende que a antecipação da data comercial diminuiria o risco de gargalo de estoque dos varejistas no final do ano

Magazine Luiza: marketplace deve fechar 2017 com 500 parceiros (D/Divulgação)

Tatiana Vaz

Publicado em 31 de agosto de 2017 às 13h34.

Última atualização em 31 de agosto de 2017 às 14h50.

São Paulo – Marcada para a última sexta-feira de novembro, copiada da data comercial do mercado americano, a Black Friday no Brasil é bem quista pelo varejo pelo impulso de vendas que proporciona antes do final do ano.

O problema é a data acontecer, justamente, no final do ano, quando as fabricantes e varejos têm de se concentrar com mais força nas vendas do final do ano – motivo que tem levado entidades dos setores a defenderam uma mudança de período.

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“Acho que seria melhor para todos antecipar a Black Friday para setembro para diminuir o risco de gargalo de estoque no final do ano”, afirmou Frederico Trajano, presidente do Magazine Luiza nesta manhã.

O empresário foi um dos palestrantes do Latam Retail Show, promovido pela GS&MD, que termina hoje no Expo Center Norte, zona norte de São Paulo.

Segundo ele, a data comercial já traz alguns problemas para o mercado americano pelo mesmo motivo e exportar a ideia seria transferir para o Brasil o mesmo desafio.

“Transferir a data para setembro evitaria que esvaziássemos nosso estoque em dezembro e nos daria condições melhores para promoções em janeiro”, afirmou ele. “Para nós isso faz todo sentido”.

Para este ano, claro, tal data não deve ser alterada, mas a discussão deve seguir até o final do ano entre entidades e varejistas. Não há um consenso.

Nesta semana, o Instituto para desenvolvimento do Varejo (IDV) declarou apoiar a permanência da Black Friday em novembro. Para o IDV, afastar a data do Natal apenas criaria uma nova data comercial, pois as empresas seguiriam com a oferta de promoções na data.

Alta velocidade

Sobre o desempenho do marketplace, lançado em janeiro pela empresa, Trajano afirmou que a aderência de novos parceiros tem acontecido em tal velocidade que a perspectiva é fechar o ano com 500 vendedores por meio da plataforma).

As vendas nas lojas físicas crescem 10% ao ano, enquanto que online o incremento tem sido de 50% até o meio deste ano, graças as inovações de integração de sistemas e tecnologias dos dois tipos de pontos comerciais.

“Se antes os vendedores nas lojas físicas demoravam 45 minutos para fechar a venda de uma geladeira, hoje eles levam 1 minuto”, contou ele na palestra.

A área de TI, composta por 200 profissionais, é constantemente atualizada e focada em criar soluções de melhoria, divididas em categorias de negócios. A parceria com startups também é constante hoje já há mais de dez prestando serviços para o Magazine.

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